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Mostrando postagens de setembro, 2017

JOÃO DAMÁSIO DOS SANTOS OU VELHO BACABA

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foto álbum de família João Damásio dos Santos ou Velho Bacaba em 26 de abril de 1932, nasceu no criaú/curiaú Como já tinha falado, tenho uma gratidão por esse cidadão de pernas tortas e cara fechada, só parecia mesmo, um homem trabalhador que nos finais de semanas botava todos no caminho da roça, uns catando macaxeira no campo e outros raspando para depois torrar a farinha de cada dia. Eu tinha os meus oito anos (8) quando o velho Bacaba passou a viver com minha mãe, ele viúvo e minha mãe a tempo sem ninguém, juntaram duas famílias e eu os tenho ate hoje como irmãos; Joaquina, Roseane e Laércio, meus irmão que íamos juntos para todo quanto era canto, enquanto as meninas na casa de forno junto com minha mãe raspavam, cortavam e faziam a comida, nesse intervalo eu o velho Bacaba, Laércio, nos embrenhávamos no mato, trepar em açaizeiros, atirar em uma caça, por volta de umas 14hs, já chegávamos com uma saca de açaí, alguns macacos ou outra caça q

#Seletivas do II festival cantando Marabaixo

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foto: Maksuel Martins O II Festival Cantando Marabaixo nesse ano tem um diferencial, estão acontecendo seletivas nas escolas públicas de Macapá a exemplo do ano passado que foi tímida, nesse ano serão mais e, elas estão recebendo um reforço de monitores de peso, como o Artur Sacaca, Marcelo Coimbra, Elísia Congo, respectivamente Laguinho e favela. Comemora a coordenação pela participação e procura das escolas públicas nesse projeto.  foto Macksuel Martins Nessa oficina que aconteceu nesta quarta (27) na escola General Azevedo Costa, contando com participação: Escolas Edgar Lino, Augusto dos Anjos, ambas se preparando para o II Festival Cantando Marabaixo, além dos oficineiros, estiveram o professores Dinho, Ricardo Pontes, Paulinho do Rosário; professora Mirian, entre outras ; grandes incentivadores da cultura do marabaixo.  foto Macksuel Martins Das 30 musicas que iram disputar, 10 virão da SELETIVA ESTUDANTIL, que acontecerá no Dia 21/10 na quadra da Escol

Vamos se mobilizar pelos direitos quilombolas

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Eu sei que hoje é domingo e a maioria esta em casa assistindo televisão ou na cama com seus familiares, no entanto, tem algo que me preocupa e, sei que preocupa a muitas outras pessoas como eu envolvida nessas questões, leiam e alerto que temos que nos mobilizar. O texto trata-se de um ajuntado de coisas escritas por outras pessoas que fazem de tudo para não mostrar a real gravidade da situação, leiam e vamos nos mobilizar. O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a ADI nº 3239 a qualquer momento e é preciso o voto de seis ministros a favor da manutenção do Decreto nº 4887/2003 para que essas conquistas não se desmanchem, vamos se mobilizar, entenda o que é esse decreto. O Decreto nº 4887/2003, erguido após profunda discussão com a sociedade civil, é conhecido por regulamentar o procedimento, de competência atribuída ao INCRA, para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelas comunidades remanescentes de quilombo. Contud

Quer saber da minha vida ? pergunta pra mim

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Eu não nasci no curiau/criau, mas a minha infância foi andando por entre caminhos que cortava o quilombo. Nas margens ficavam casas de buriti, arvores de mucajá e alguns campos de futebol, passei muitas vezes por cima de dois "mata-burros" (talvez a maioria nem sabe o que é isso), andando nos caminhos das roças.  nota - Mata - burros são dispositivos que impedem a fuga do gado em propriedades rurais, mesmo quando a porteira está aberta. Mata - burros são estrados que funcionam como pontes, normalmente de madeira, concreto ou aço. no criau tinha quando a estrada era de chão batido, fonte ( https://pt.wikipedia.org/wiki/Mata-burro) Dessa forma eu mesmo só na observação conheci muita gente que já não estão entre nós, agora um fato engraçado me aconteceu, mesmo que tenha nascido na cidade filho de um legitimo curiauense, minha irmã vai casar com um RAMOS, meu pai Nascimento da Silva, viveu e plantou o seu umbigo no quintal da casa de velha Tiofa (minha vô). Meu

Terreiros de todo Brasil se unem entorno do resguardo de sua ancetralidade

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Um sentimento de descaso foi o que norteou a roda de conversa desta quarta-feira (20), no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com a religião de matriz africana de Macapá.  O encontro aconteceu por um chamamento do órgão, que mediante pedido dos terreiros tombados da Bahia, resolveram fazer uma mobilização Nacional, para que medidas sejam tomadas contra todas as formas de intolerâncias que a religião vem sofrendo: casas sendo destruídas, pais de santos sendo assassinados e uma ação que transita no STF, que criminaliza o sacrifício de animais nos terreiros, onde o desembargador Araken de Assis, relator da ação do TJ-RS, considerou que a garantia da liberdade religiosa e de culto impede a incidência do artigo 32 da Lei 9.605/98 ou do artigo 64 da Lei de Contravenções Penais, que criminalizam os maus-tratos contra animais. Dessa forma, o Iphan faz a articulação para que no dia 26 de setembro o segmento faça uma vídeoconferência nacional para que sejam tom

Tem ruído na comunicação entre o movimento negro

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De início o colonizador tentou ignorar a existência dos quilombos, e vale aquela velha questão batida desde Abdias Nascimento até Laura Oliveira: “Por onde passou a escravidão existiu a resistência”. Agora cabe-nos ter a sensatez de visualizar como essa resistência se deu; pois é sabido que os quilombos ficavam longe do alcance, nos lugares mais inóspitos e inimagináveis. Enquanto o colonizador desqualificava chamando de terras de pretos já se desenvolvia uma formação social, onde se tratava de uma "república" que assustava o poder escravocrata; mocambos, canhambolas, ate se chegar a quilombo foi um longo caminho. Plantavam, criavam, isso tudo numa pequena quantidade de terras, la não se morria por doenças que na cidade dizimava, pois o negro enterrava a fezes, enquanto que na cidade do homem colonizador quem coletava as fezes e jogava no mar era os negros que se aproveitava para passar por entre as senzalas e sempre tinha algo a dizer, quando o capitão d

II FESTIVAL CANTANDO MARABAIXO

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V em ai o II Festival C antando Marabaixo desse ano é uma homenagem a grande baluarte da cultura do marabaixo no bairro da favela Dona Gertrudes Saturnino , uma realização do movimento N ação Marabaixeira, ressignificar é preciso, para Carlos Pirú, isso é muito mais que um festival é a estrategia de massificação coletiva de um segmento, e poder contar a história de uma grande mulher que bateu o pé, batendo de frente com os desmando do primeiro governador do então território, foi de uma grandeza que a sociedade vai conhecer. O festival na sua primeira edição foi no quilombo do criaú, hoje vamos trazer para o centro, para uma maior participação. O entusiamos é o que caracteriza esse segundo festival, pois além das personagens tarimbadas, esse ano contará com seletivas nas escolas, muito boa a participação das escolas, pois a ideias está sendo motivacional entre os alunos e professores que trabalham a lei 10.639, foi o que ressaltou Carlos Pirú. Alu

O CD de marabaixo ta prontinho

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Somente quando a tradição se reinventa ela pode perdurar e a memória tem um papel fundamental nesse processo de reafirmação identitária (Hbsbawm), isso mesmo instintivamente é realizado diariamente na cultura do marabaixo do extremo Norte, as saias floridas, as indumentarias com produção impecáveis, a apresentação do grupo é sempre marcante,  isso se deve a grande irreverencia do Professor Athur Mendes, o primeiro a introduzir violão, baixo, e outros instrumentos na musicalidade do marabaixo, o grupo da Campina Grande ele juntamente com a sua esposa Cristina Almeida, iniciaram um grupo de marabaixo que de forma impecável se apresentavam, juntando todos os elementos do marabaixo já numa forma aperfeiçoada, e vale fazer esse registro que a Deputada Cristina Almeida é a grande incentivadora da gravação desse CD . Quanto ao canto (ladrões do marabaixo), tem os artistas com características próprias: Naira Sena – o canto tradicional na sua pura essência; toda vez que a escu

#cotasemfoco

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A Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Amapá, através da Comissão Especial de Igualdade Racial-OAB/AP, realizou nesta segunda feira (11), o II Fórum de Diálogos da Política de Igualdade Racial: #cotasemfoco, onde o ponto principal foi a reserva de vagas para negros em concurso público (cotas), que não vem sendo respeitada pelo governo do estado do Amapá, vale ressaltar, que trata-se de um direito constitucional (segundo entendimento do STF). U ma mesa de debate onde estiveram: Alzira Nogueira ( representante do MPF ) , o presidente da OAB Paulo Campelo - fazendo a abertura oficial do evento, Dr. Aluízo da Silva de Carvalho ( comissão igualdade racial OAB/AP ) , Maykon Magalhães (Improir), Eduardo Tavares ( como representante do governo do estado subdefensor-geral do Estado do Amapá),e a representante da propositora da lei deputada Cristina Almeida (a senhora Neucirene Almeida), que reserva 20% vagas a negros (cotas) a concursos públicos no estado do Amapá.

3ª torneio de futebol SUPERMASTER 2017

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Uma “constelação” de craques do passado desfilaram no palco sagrado do futebol nesse sábado 09/09, o Gigantão da Favela/AP, para reviver, num encontro memorável de estrelas que fizeram nas décadas de 60,70, 80 o futebol amapaense, sendo uma grande vitrine para o senário nacional, revelando jogadores como: Bira, Aldo, Jorginho Macapá, Zezinho Macapá entre outros do mesmo quilate. Nota: " O Estádio Municipal Glicério de Souza Marques , também conhecido como Glicerão é um estádio de futebol da cidade de Macapá , estado do Amapá , pertence à prefeitura municipal. Chamado inicialmente de Estádio Municipal de Macapá , o estádio sofreu uma alteração no nome para homenagear o primeiro presidente da Federação de Desportos do Amapá , Glicério de Souza Marques". Teve  início nesse sábado a abertura do 3ª torneio de futebol  SUPERMASTER, competição que só pode participar os cinquentões (50), aquele que tem ainda o toque refinado no trato da bola, na abertura com

Meu repÚdio a secretaria de Educação de Santana

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A falta de conhecimento da secretaria de educação de Santana/AP,assim como dos seus gestores, demonstrar que as politicas afirmativas, ainda não chegaram para todos, certo que 300 anos de história não se pode esquecer, no entanto podemos reescrever por outras óticas, quanto a expressão ESCRAVOS, certamente não soam bem aos ouvidos de 75 % da população amapaense que representa a grande parte cultural do estado do Amapá. NEGROS SIM, QUE FORAM escravizados e foram arrancados do ceio ancestral onde eram RAINHAS E REIS. Neste sentido, considera-se importante, promover espaços de análise e reflexões sobre este tema, na perspectiva de desenvolver estratégias pedagógicas de práticas anti-racistas com a contribuição da Lei n.° 10.639 de 09 de janeiro de 2003, que define a inclusão pelas escolas nos seus currículos de conteúdos de História da áfrica e Cultura Afro-Brasileira. A INFELICIDADE DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTANA/AP, mostra que nada disso tá sendo l

Terras quilombolas um direito constitucional

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Ora, como não são as coisas, se a posse da terra nã o fosse bom, por qual motivo tentam desencorajar comunidades a não ser auto reconhecer em como quilombola s ? Isso mesmo, as comunidades estão sendo aliciadas a não se auto reconhecer, vale apenas algumas questões a serem revistas para que esse ato constitucional seja uma realidade. Comunidades quilombolas são grupos com trajetória histórica própria, cuja origem se refere a diferentes situações, a exemplo de doações de terras realizadas a partir da desagregação de monoculturas; compra de terras pelos próprios sujeitos, com o fim do sistema escravista; terras obtidas em troca da prestação de serviços; ou áreas ocupadas no processo de resistência ao sistema escravista. Em todos os casos, o território é a base da reprodução física, social, econômica e cultural da coletividade. Dessa forma, veja algumas politicas que estão a disposição das comunidades. O Programa Brasil Quilombola, criado em 2005 e coordenado pela Secr

MARCELINA EUGENIA DO ROSÁRIO A CURANDEIRA DO CRIAÚ/CURIAÚ

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foto extraída do banner familiar. Senhora franzina de voz rouca e baixa, cabeça de cabelos curtos encaracolados - Inteiramente brancos; brancos como o algodão. Quando caminhava suas pernas tortas dos pés enrolados para o lado de dentro, foi assim que eu a conheci, parece que o tempo tinha esquecido dela só percebia a velhice por conta das marcas do tempo no seu corpo. Ao contrario das pessoas que tenho como referência, ela não cantava, não tocava tambor, não, nada disso o seu dom era outro. A curandeira do criaú/curiaú, Amapá Brasil. Bem moleque, meu padastro me levava na casa dela - na ocasião tinha tirado o meu dedão do pé jogando bola. No seu jeitinho, com um vidro de azeite de andiroba nas mãos, lavem ela, que de frágil não tinha nada. Pegou o meu dedo com uma força tão grande que se não fosse estar fora do lugar, tinha saído correndo de lá, assim sem muitas palavras pôs as mãos no dedo e com uma delicadeza quase nem sentir quando já estava no lugar. Dona marcelin

Alforria Amapá : Panta o campeão brasileiro de boxe

Alforria Amapá : Panta o campeão brasileiro de boxe

Panta o campeão brasileiro de boxe

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Naquele dia a escola Deusolina Salles Farias parou para receber o seu campeão ilustre, tratava-se de José Ribamar ou simplesmente Panta (Cabeção) nascido em 21 /07 /1969 , isso mesmo, campeão brasileiro de boxe. Filho de um policial militar (Panta leão Arcelino da Silva); que faleceu e não pode ver o feito do filho e, dona Maria Dulcirene de Assis Brazão - uma domestica que dava a ele, todo suporte para desempenhar o desejo de ser campeão. Nos anos noventa (90) quem brilhava era o Mike Tyson , engana-se quem acha que esse era a sua maior referencia, sua maior referencia era o José Adílson Rodrigues dos Santos (Aracaju 12 de junho de 1958, mais conhecido como Maguila ) que venceu fora de sua terra como campeão dos pesos pesados. Panta o tinha como referência de perseverança e determinação, dividia seus treinos na academia Serapio, entre os estudos e atividades esportiva da escola; agora imagine só: naquele tempo sem apoio algum, tratando-se de uma modalidade q

O Curiau/Criau foi titulado antes de sua certificação

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O Curiau/Criau é um fato diferenciado no critério regularização fundiária, que de inicio a comunidade deve ser certificada e após entrada na regularização junto ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra , é uma autarquia federal cuja missão prioritária é executar a reforma agrária e realizar o ordenamento fundiário nacional) e esperar o longo processo, recebe-se o titulo definitivo, o CURIAÚ foi certificado no dia 20/11/2012. Sendo que em 1998, o quilombo foi regularizado, pela Fundação Palmares, órgão ligado ao Ministério da Cultura. Segundo consta foi o primeiro título de quilombo no país, e em 03 de novembro de 1999, Curiaú recebeu oficialmente o título de “comunidade remanescente de quilombo”. Essa titulação garante direitos constitucionais e políticos, sobretudo no que se refere à demarcação de suas terras. A iniciativa para a titulação das terras a partir da afirmativa de que “a terra é de todos” apresentada pelo grupo, no sentido de garan

Marabashow

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capa do CD A gravação do cd de marabaixo, uma iniciativa do movimento da nação marabaixeira e studio Soledade encabeçada pelos conceituados e renomados Carlos Piru e Nonato Soledade, oriundos do movimento do samba que juntos vêm catalogando e fazendo acontecer pessoas como Naira de Sena, reconhecida cantadeira do marabaixo, terá a sua voz eternizada nessa que é o segundo CD, pois o primeiro foi o Marabashow, e nessa mesma linha gravaram recentemente o de Batuque. A arte do encarte do CD de Marabaixo terá a assinatura do artista Plástico Silva, quilombola diretamente de Curiaú/Criaú. Essa é uma forma de valorização dos nossos artistas, como ontem (31) a Cris Ferreira, oriunda do Ambé, dona de uma leveza no cantar que surpreendeu com o seu talento. Cris está entre tantas que estão diariamente na residência de Nonato Soledade gravando, que na realidade, todas as noites viram festa dado a alegria coletiva contagiante do ambiente. "Vamos que vamos" é a frase d