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Mostrando postagens de maio, 2017

Venina Francisca da Trindade ou “Tia Veca”

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 Quem foi Venina Francisca da Trindade ou “Tia Veca”, como era chamada carinhosamente por seus amigos de trabalho. Após o falecimento de sua mãe, a senhora Benedita, o seu pai Norberto Tavares juntou-se a uma outra mulher, a qual foi responsável pela criação dos filhos – que eram seis (2 homens e 4 mulheres). Venina era caçula. Venina e seus irmãos e seus pais eram macapaenses, residiam na rua Presidente Vargas entre Cândido Mendes e Independência. Quando foram morar com a madrasta passaram a residir no Largo dos Inocentes, por trás da Igreja São José. Depois de crescidos, já com a morte de seu pai, cada filho, digo cada irmão procurou seu rumo, constituindo suas famílias.  A Venina se juntou com o Benedito Satu, este da Comunidade de Maruanum, deste relacionamento nasceu sua filha Maria Tavares de Araújo. Quando o relacionamento desgastou Venina retornou a Macapá com Maria Tavares ainda bebê. Aos 8 anos de idade, Maria Tavares foi morar com sua tia, que

Escravidão e a exploração sexual de "luxo" da Mulher Negra do Brasil Colônia, e a Carta Régia de 1696 19.5.2017 Por Por Miranda

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Escravidão e a exploração sexual de "luxo" da Mulher Negra do Brasil Colônia, e a Carta Régia de 1696 19.5.2017 Por Por Miranda Durante a ocorrência da escravidão, era comum a prostituição de escravas, haja vista, seus senhores a terem como objetos de seu domínio, assim sendo, não era raro que seus senhores enviassem suas escravas para que trabalhassem em prostíbulos, ruas, portos...afim de lhes trazerem mais lucro. A prostituição de negras adolescentes era patrocinada por senhores e senhoras que lhes davam autorização para vagarem pela após o toque de recolher, todas as moças eram vestidas luxuosamente. Os bilhetes de autorização, obrigavam as escravizadas a entregar da quantia em dinheiro recebido por seus serviços no dia seguinte a seus donos. Conta-se que um determinado delegado (Dr. Tavares) pelos idos de 1871, pleiteava a libertação da escrava que provasse que era prostituída a mando dos seus senhores. Porém,

Alonso de Illescas, o líder da primeira comunidade de negros vinda para às Américas que não foi escravizada 30.4.2017 Por Miranda

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Esmeraldas é famosa por sua comunidade de negros, povo que representa apenas 5% da população equatoriana. A história conta que, em 1553, um navio espanhol com mercadorias e africanos afundou na região. Salvaram-se 17 homens e seis mulheres, que entraram pela selva. Mais tarde, uniram-se a eles outros negros fugidos da Nicarágua e índios. Isolados do resto do país, os negros de Esmeraldas mantiveram a cultura de seus ancestrais intacta por muitos anos. A comunidade só foi descoberta dois séculos mais tarde. Hoje, a região é urbanizada, industrializada e rodeada por refinarias de petróleo, não é das mais atraentes. É preciso se deslocar mais ao norte para encontrar aldeias muito parecidas com as africanas, como as comunidades de La Tola, Limones e San Lorenzo. Nesses locais, a influência se manifesta em construções, comidas, festas, artesanato e, principalmente, no sincretismo religioso. Alonso de Illescas nascido por volta de 1528, na África, na região onde hoje

Há Jacaré Acanga.

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                    Bairro do jacaré Acanga/laguinho, sempre quando tem um grande acontecimento, em todos os cantos a noticia corre e na maioria das vezes ela ganha uma proporção tão grande, que uma informação começa com um personagem chamado Francisco e termina se chamando Chiquinho. É uma energia tão grande que os moradores, sempre fazem o mesmo caminho dos seus ancestrais, quando não estão no curiaú, ta no laguinho. Assim fizeram os primeiros negros na construção da fortaleza. Quer vê uma coisa! a tia chiquinha que quase todos os dias vinha lá do quilombo e ficava jogando conversa fora no bar do “tio Duca”.                  É assim, como no inicio eu falei o laguinho é cheio desses personagens curiosos muitas dessas histórias eu presenciei outras eu escutei, assim basta você chegar e sentar no bar do Valdir e escutar. Pois bem, vamos a esses personagens. Desde pequeno no Laguinho eu era curioso de como aqueles moradores eram diferentes, para lavar roupas, passar.   

Garrafa de Cerâmica datada de 1850 de origem holandesa no Maracá.

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A história do estado do Amapá, cercada de mistérios, enigmas a serem decifrados, sabemos que por aqui passaram Holandeses, franceses, Portugueses, Espanhóis, muito ainda há de se pesquisar. Como andarilho perseguindo minhas curiosidades, sempre vendo um Amapá que o Amapá não conhece, encontrei a comunidade de Conceição do Igarapé do Lago do Maracá, indo pela BR – 156 Macapá/Jarí km 270 ramal do lado esquerdo, percorre adentro 17 km. Comunidade que fiz a organização do processo de auto afirmação para ser encaminhado a Fundação Palmares para o processo de certificação quilombola, o qual foi concedido no dia 24/05/2013. A comunidade surgiu do enlace familiar, antes era um terreno particular e, logo as famílias foram crescendo, o local guarda um enigma e muitos causos como a lenda do chapéu de couro, são católicos e festejam Nossa senhora da Conceição no mês de dezembro, seguindo de folias e samba de roda. Nessa região ficam localizados sítios arqueológicos qu

Introdução a matriz Africana do preconceito racial. Parte1

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Introdução a matriz Africana do preconceito racial. Parte1 Por Isidro Fortunato Isidro Fortunado é africano de Angola, neste contexto, o texto foi direcionado a africanos, porém, ele pode ser perfeitamente inserido a realidade da sociedade brasileira, segregacionista e com a mente cheia de estereótipos no que se refere a população negra. Salvo alguns pontos bem peculiares das sociedade africanas, o conjunto da obra encaixa-se perfeitamente a sociedade brasileira, sem deixar de lado a polêmica da solidão da mulher negra. Dizem que a verdade dói, portanto, quem não estiver preparado para ler e já está disposto a não entender a realidade descrita do ponto de vista de um africano ativista, por favor, não leia o texto. Se poupe! Nos poupe!  Génese do complexo de colonizado nas relações afetivas Africanas Muito se escuta que no padrão afetivo o homem branco é mais carinhoso mais afetivo e mais rom