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Mostrando postagens de março, 2018

Audiência pública no criaú/curiau cobrou direitos territoriais

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Na manhã dessa sexta feira (16), a comunidade quilombola de Criaú/curiau realizou uma audiência pública para debater os problemas que a comunidade vem passando: território, segurança, foram as principais reivindicações . Estiveram presentes os representantes dos ministérios públicos estadual e federal, SEMA, IMAP, PM (Batalhão Ambiental), que acompanharam e propuseram algumas medidas a serem tomadas.    A comunidade do Criau/Curiau, já luta por seus direitos territoriais a pelo menos 30 anos; mesmo com todos os seus direitos constitucionais não conseguem ter autonomia no seu território, a presidente da associação quilombola, Rosa Ramos, relatou aos promotores que a comunidade é invadida do dia para noite e, quando procuram os órgão competentes, para tomarem providencias, recebem a morosidade, “andamos na comunidade e não sabemos quem são os nossos parentes; antes tínhamos a melhor farinha hoje temos de comprar, porque o de dentro da comunidade não pode plantar então, para

Quatro tiros e a dor da indignação

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“Quantos ainda precisarão morrer”, infelizmente a dona dessa indignação, sucumbiu, entrou para a estatística cruel que se abate sobre população negra. A indignação é mundial e faço parte dos que se senti assim, quem foram os culpados, serão punidos, serão descobertos? São muitas perguntas sem respostas. Cada negro de luta que cai é um pouco de cada um de nós, que fique o símbolo, que fique os seus ideais, sua voz hoje ecoa e fica mais forte Segundo o relatório de 2016, 31 mil jovens de 15 a 28 anos são assassinados, desses, 23 mil são negros moradores da periferia. São 63 por dia, um a cada 23 minutos.  Marielle Franco, mulher que representou as minorias, levantou a bandeira do genocídio; como transformar o luto em luta?   “Quantos jovens precisarão morrer para que essa guerra aos pobres acabe? ” Quatro tiros e a dor da indignação. Marielle presente!

Quilombolas realizam Audiência Pública na comunidade do Criaú/Curiau

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A Associação de Moradores do Quilombo do Curiaú, está fazendo chamamento a sociedade civil organizada e movimento quilombola para participar de uma Audiência Pública a se realizar no dia 16 de março (sexta), onde serão debatidos os seguintes problemas:- Crimes Ambientais, Segurança pública, Questões territoriais O objetivo é regulamentar uma portaria que normatize o uso ambiental na APA do Curiaú; garantir segurança para a comunidade que encontra-se desamparada pelos órgãos públicos de segurança; e proteger o território quilombola assegurando os direitos adquiridos. Órgãos convidados: Batalhão Ambiental, SEMA, IMAP, Polícia Militar, Ministério Público do Amapá – Prodemac, Ministério Público Federal Local: Escola José Bonifácio- Quilombo do Curiaú Hora: 9h

O MOVIMENTO NEGRO E A INDIVIDUALIDADE

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O movimento negro e a individualidade Cada dia vejo o movimento se perder pela individualidade. Certo dia numa reunião de amigos, um contou uma fabula que me fez refletir: eu mesmo sem leitura de causa, defendia a causa racial, então defendia pelo que ouvia de bonito; a parte linda do movimento. Se ouvia a história de  Martin Luther King Jr,  eu reverenciava; mais não sabia da treta entre ele e  Malcolm X  “As únicas pessoas que realmente mudaram a história foram os que mudaram o pensamento dos homens a respeito de si mesmos " . Malcolm X   Ouvia de zumbi mais ainda não tinha lido a história que não foi contada, então tinha muitas referências que não conhecia, e me engajei no movimento pela vertente do hip hop e a única história que conhecia era dos cobras verdes do bairro do laguinho. Dessa forma fui pra luta sem leitura, sem saber do que vinha pela frente. Voltando a história que ouvir, nesse momento um amigo que já era desiludido com a palavra M –O –

GUARANY ATLÉTICO CLUBE 63 ANOS DE GLORIA NO AMAPÁ

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fotos Mario Corrêa  “Passa pelo meio de campo, carrega toda uma expectativa, trabalha a bola e gooooooooooooool" ” Acordei imaginando uma narração de um gol no velho Glicério Marques, palco das melhores partidas do Guarany Atlético clube, que não é só um clube desportivo, contribuiu na formação de muitos no bairro do laguinho, não só do laguinho como toda a capital. O que me chama atenção e, faço esse registro, que a maioria dos atletas; seja no futebol, basquete, (depois do Lagoa e curiaú) na sua maioria, eram de negros. Como não lembrar do time de futebol tri - campeão do futebol amador amapaense 97, 98, 99 Josenildo, Marlonzinho, Orivaldinho, Charles (filho do Pelé), Valdivino (Cote), Josenildo, Leto, Francinaldo (Chagas). Voltando mais lá atrás Saci, Sacaquinha, Mumundo, Marinho Macapá, Orivaldo, Brasil (curiau), Reginaldo e muitos outros. foto Mario Corrêa Quando digo que contribuiu na formação dessas pessoas, na sua maioria negra, não falo “atoa”, isso se

FERREIRA GOMES, UMA CIDADE A MARGEM DO RIO QUE MORRE

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Ferreira Gomes distante de Macapá 137 Km As margens são de peixes mortos e, fedentina que invadem a cidade, antes, nos fins de tarde, quando as famílias juntavam-se; como um programa familiar, pescando o seu peixe de cada dia, celebravam o convívio diário com um rio encantado, agora contemplam uma imagem que já se repetiu cinco vezes, onde toneladas de peixes aparecem mortos. Uma imagem muito triste, pois não é só um rio que morre, morre junto (identidade) uma cidade. O Rio Araguari, corta e alimenta os municípios de Porto Grande, Ferreira Gomes, e tantos outros, vem sofrendo com as manobras da hidrelétrica Ferreira Gomes e Energia, que pela quinta vez, causa mortandade de peixes, causando aos moradores uma preocupação ainda maior: muitas casas estão com placas de venda, pois, muitas famílias que tiram o sustento diretamente desse rio, já não encontram outra alternativa de sobrevivência, deixando pra trás, toda uma história. Foram esses e outros relatos que nortear