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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

A BANDAIA DO CRIAÚ E SEUS COMPOSITORES

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Falando de Bandaia  Se para o marabaixo a musica, que dita a rítmica com o entoa da caixa é o “ladrão”, para o batuque a musica chama-se “bandaia”. Os tocadores no amasso no contraponto com macaquito e os pandeiros, muna perfeita sintonia, ao centro tem cantador. No batuque do Criaú, tem os cantadores e cantadeira que não podem faltar: Dona Joaquina, Creuza Miranda, Dona Zefa, Chuteira, Mané Caldo, Tio Chico, entre outros. As “bandaias” geralmente retrata um fato do dia a d ia, no entanto, pouco se fala dos compositores dessas obras, muitas dessas bandaias, são verdadeiros clássicos das rodas de batuque, tais como: São Joaquim esta na terra, com amor e alegria, nós vamos louvar o vosso sagrado dia. essa não pode faltar, no inicio de cada festa de batuque ela não pode faltar. Areia, areia do mar, areia - tem como compositor o senhor Louriano Ramos, Carambola, galo já cantou carambola – velho Marinho; quando essa bandaia toca, o salão, parece ent

MESTRE BIMBINHA, 37 ANOS DEDICADOS A CAPOEIRA NO AMAPÁ

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ROBERTO GOMES CAMPOS Mestre Bimbinha Nascido em 1962, filho de Leonardo Campos e Maria de Nazaré Gomes, foi criado no bairro do Trem, na Av. 13 de Setembro, 740. Sua infância no meio a discriminação; por serem a única família de negros da redondeza, onde a maioria era de brancos, dessa forma aos 16 anos, o levou a procurar uma arte marcial para se proteger das agressões cotidianas e rotineira a que era submetido. O ano de 1980, ele procurou a Academia de Artes Marciais na avenida Ataíde Teive, academia Ozelio Silva, sua vontade inicial era o Karatê, pois havia assistido um filme no cinema de Macapá, cenas de um jovem baixinho e magrelo que resolvia tudo na base da arte da luta.  Mestre Grilo e Bimbinha  Quando chegou, tinha a mesmas características do astro Bruce Lee, e o mestre viu que por ser baixinho e magro, não teria muito futuro, foi então que lhe foi apresentado a nobre arte da capoeira “ nunca tinha visto um berimbau ate aquele momento”, o seu primeiro mestre

IGARAPÉ DO LAGO

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VILA DE IGARAPÉ DO LAGO     Comunidade Certificada pela Fundação Palmares em 08/06/2011, código do IBGE 1600600, é tida como distrito de Santana, fica localizada na BR 156 sentido laranjal do Jarí,sua atividade de subsistência é Agricultura e Pesca tem como presidente da associação de moradores do distrito de Igarapé do Lago, e sua principal o senhor Anderson Moraes da Cruz. Uma comunidade dividida entre evangélicos e católicos que tem uma igreja centenária a igreja Nossa senhora Mãe de Deus.       O calendário religioso                                      janeiro - São Benedito.                                      fevereiro - Divino espírito Santo.                                      junho/julho - Nossa Senhora da Piedade.                                      Novembro - Nossa Senhora da Conceição.                                      Dezembro - São Tomé. VILA DE IGARAPÉ DO LAGO             Tem uma escola Estadual que oferece o ensino mo

NA VALORIZAÇÃO DE NOSSA GENTE, VEJA JACUNDA.

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                    "não deixe a cultura morrer, não deixe a cultura acabar, eu sou de Campina Grande...,  no estado do Amapá"            Ele perdeu o pai aos cinco anos de idade, Helson do Carmo costa, foi uma celebridade do marabaixo em Macapá/AP. Se fosse em outro lugar, as suas musicas já estariam nas grandes paradas de sucessos de todo o mundo. Filho de Antônia Grande, uma baluarte da cultura do marabaixo na comunidade de Campina Grande. Como no inicio eu citei, sua mãe ficou viúva muito cedo, juntamente com seus irmãos, ajudou no crescimento de sua comunidade, foi a partir do surgimento de Jacundá, com uma dinâmica diferenciada nas composições de marabaixo, a cultura teve um novo significado, o ladrão minha história ele deu um salto, passou de simples coadjuvante e entra nos escritos e falados das pautas da manifestação popular, ele conta que no inicio, quando tentava entrosamento junto aos velhos detentores da cultura foi por muita vez impedid

FALANDO DE RACISMO...

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                                        Esse racismo brasileiro, sem racista auto-identificado, auto-reconhecido, ou seja, sem aquele que se reconhece como discriminador, faz-nos lembrar da paradigmática conclusão de Florestan Fernandes sobre as relações raciais no nosso país: no Brasil surgiu “uma espécie de preconceito reativo: o preconceito contra o preconceito ou o preconceito de ter preconceito” # . Discrimina-se os negros mas há resistência entre os brasileiros em reconhecer a discriminação racial que se pratica contra esse grupo racial. Ou seja, os brasileiros praticam a discriminação racial, mas só reconhecem essa prática nos outros, especialmente entre os estadunidenses brancos. Como afirmamos em outro lugar # , passou a fazer parte do nosso ethos. A indiferença moral em relação ao destino social dos indivíduos negros é tão generalizada que não ficamos constrangidos com a constatação das desigualdades raciais brasileiras. Elas não nos tocam, não nos incomodam, nem

Um Pouco Sobre Politica Afirmativa

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                O racismo contra os negros no Brasil tem sido praticado desde o primeiro momento da chegada forçada destes seres humanos no país, uma vez que foram trazidos como escravos. A escravidão foi “a mais extrema das formas de opressão racial na história brasileira” .                  A profunda desigualdade racial entre negros e brancos em praticamente todas as esferas sociais brasileiras é fruto de mais de quinhentos anos de opressão e/ou discriminação racial contra os negros, algo que não somente os conservadores brasileiros, mas uma parte significativa dos progressistas recusam-se a admitir. Assim, a discriminação racial e seus efeitos nefastos construíram dois tipos de cidadania neste país, a negra e a branca.                        Basta observarmos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro, desagregado por cor/raça, para facilmente notar esta lamentável situação de injustiça. Conforme indicou o estudo “Desenvolvimento Humano e Desigualdades Étnicas no