Audiência pública no criaú/curiau cobrou direitos territoriais
Na manhã
dessa sexta feira (16), a comunidade quilombola de Criaú/curiau realizou uma
audiência pública para debater os problemas que a comunidade vem passando:
território, segurança, foram as principais reivindicações. Estiveram presentes
os representantes dos ministérios públicos estadual e federal, SEMA, IMAP, PM
(Batalhão Ambiental), que acompanharam e propuseram algumas medidas a serem
tomadas.
A
comunidade do Criau/Curiau, já luta por seus direitos territoriais a pelo menos
30 anos; mesmo com todos os seus direitos constitucionais não conseguem ter
autonomia no seu território, a presidente da associação quilombola, Rosa Ramos,
relatou aos promotores que a comunidade é invadida do dia para noite e, quando
procuram os órgão competentes, para tomarem providencias, recebem a morosidade,
“andamos na comunidade e não sabemos quem são os nossos parentes; antes
tínhamos a melhor farinha hoje temos de comprar, porque o de dentro da
comunidade não pode plantar então, para que tudo isso de terra se não podemos
usar”?.
A
comunidade é titulada como quilombola e divide a mesma área com uma APA (Área
de proteção Ambiental), onde o que prevalece a política de proteção ambiental;
o morador não planta, não pesca, diferente da política quilombola que garante a
subsistência.
Outro
ponto relatado foi a falta de segurança, roubos e até assaltos estão
acontecendo na vila, o deck, bastante procurado por veraneio, hoje está
servindo de “fumodromo”, pois gente que não são da vila, estão todas as noites
fumando droga foi o relato da liderança Geovana Ramos, pediu a representante da Policia Militar mais rondas na
comunidade, pois quando a comunidade procura só encontra o museu fechado,
(museu é aonde a companhia se encontra), a responsável pela guarnição disse que
o tem um efetivo de 10 policiais para cobri a toda a região.
Rosa Ramos |
A
Rosa Ramos, como representante legal, pediu ao promotor Alexandre que ajude na
elaboração de um “protocolo quilombola da comunidade”; para que sejam
respeitado a vontade coletiva. Como final o ex presidente Coruja fez um
chamamento a todos para se fazer a auto demarcação da comunidade, se os órgãos
competentes não fazem vamos fazer.
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