GUARANY ATLÉTICO CLUBE 63 ANOS DE GLORIA NO AMAPÁ
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fotos Mario Corrêa |
“Passa pelo meio de campo, carrega toda uma expectativa, trabalha a bola e gooooooooooooool"”
Acordei
imaginando uma narração de um gol no velho Glicério Marques, palco das melhores
partidas do Guarany Atlético clube, que não é só um clube desportivo,
contribuiu na formação de muitos no bairro do laguinho, não só do laguinho como
toda a capital. O que me chama atenção e, faço esse registro, que a maioria dos
atletas; seja no futebol, basquete, (depois do Lagoa e curiaú) na sua maioria,
eram de negros. Como não lembrar do time de futebol tri - campeão do futebol
amador amapaense 97, 98, 99 Josenildo, Marlonzinho, Orivaldinho, Charles (filho
do Pelé), Valdivino (Cote), Josenildo, Leto, Francinaldo (Chagas). Voltando
mais lá atrás Saci, Sacaquinha, Mumundo, Marinho Macapá, Orivaldo, Brasil
(curiau), Reginaldo e muitos outros.
Quando
digo que contribuiu na formação dessas pessoas, na sua maioria negra, não falo
“atoa”, isso se deve muito a família Corrêa sempre muitos presentes a esses
times, que no dia 19 de abril de 1955 – dia do índio –foi fundado o time do
Guarany. Idealizado pelo seu Milton Correa, que justamente recebe o nome do
estádio popularizado como ZERÂO. O seu
Milton, um senhor muito simples, sempre de calça social, camisa bem alinhada,
ao contrário dos grandes cartolas do futebol, lá vinha ele acompanhar os
treinos na beira do campo numa bicicleta, sempre perfumado, bom, essa é a
lembrança que tenho do seu Milton Corrêa.
foto Mario Corrêa |
- Uma
recordação no arquivo de memória de Mario Corrêa - Garotos e rapazes faziam a
festa na domingueiras do bairro contra os seus adversários como: Latitude Zero,
Santa Cruz do “doutor” e Paulo Rodolfo, América do Pedro Idalino (Pedro Zeca, Bernardo
e Dida), Sete de Setembro do Otacílio, entre outros. Cerravam Lileiras no time
do seu Milton: Quelé, costinha, Cecílio, Geraldo, Dalmo e Zé Maria Pontes,
Abdon, Bonde, Marani, Formiga, João e Zeca, Alfredo e muitos outros que eu não
vi jogar, mais conheci pela boca dos outros, quanta saudade desses tempos do
bom futebol.
O
tempo passando e o BUGRE do laguinho crescendo no seio social e desportivo do
Amapá. Federado, disputava a 2º divisão do futebol amapaense, sagrou-se campeão
em 1962, tendo em suas fileiras, aquele que se tornaria o maior zagueiro de todos
os tempos do Amapá: Alceu Filho. O Guarany crescia no bairro do laguinho e
contribuía com o enriquecimento do folclore do lugar contemporâneo a muitos
lugares de cartão postal do imaginário de quem viveu esse tempo. Praça Lélio
Silva, a Praça Pauxy Nunes, o banheiro Público, o mercadinho do seu João de
Paula, os Boêmios do Laguinho, a sede do América, ; tinha a mercearia do seu
Galileu, os bailes e as festinhas na sede dos escoteiros Veiga Cabral; Paulino
Ramos, o Atalaia do professor Leonil, o São Paulo do Clodoaldo Juarez, o São
Benedito do João, Mauricio Machado, Vedete, Zé Wilson, Quipinino...; o seu
Lourenço e o rei momo Sacaca, professor Flexa, o Pigmeu, os professores
Joãozinho e ludinha e muita gente boa.
No
final da década de 60, o BUGRE desfilava craques como: Carlito, Oliveira,
Moacir Fernandes, Percival, Zequinha, Aragão, Sassuca, Manelito, Sacaquinha,
Orlando Gardelha. Faziam partidas contra o Santana e sempre pegava de goleada,
mais no campeonato de 1969, pela primeira partida válida, o Guarany ganhou de
5X4, depois de estar vencendo de 4 X0. Os times de Macapá não jogavam com o
Santana no Augusto Antunes em partidas de campeonato. Também suaram a camisas
como craques: Mumundo, Saci, Manga, Bala, Mola, Carlos Pirú, Mário Correa, a relação
é imensa.
Veio a década de 70 e com ela a geração do
GUARA_GUARA, implantada pelo saudoso Moacir Coutinho. O BUGRE foi vice campeão
em 1974 e 1978 e campeão em 1977 do futebol estadual. Craques como: Camorim,
Alemão, Carlos, Admilson, Dival, Diler, Mata, Campos, Celio, Acelino, Waldir,
Orivaldo, Bolinha Jucá, Castelo, Albano, Assis, Gil, Eldo, Perivaldo, Admir,
Pena, Jason, Dida, Emanuel...perpetuaram seus nomes vestindo a camisa do BUGRE.
O
GUARANY foi tri campeão do futebol amador 97, 98, 99, seu Milton não viu esses
anos, pois faleceu no dia 18 de agosto de 1994. Em 2018 o GUARANY completa 63
anos, uma história de gloria de um tempo que deixa saudades.
Texto
de Mario Corrêa e João Ataíde.
Parabéns pela matéria , excelente
ResponderExcluireu que agradeço a vcs por acompanhar esse blog
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