Garrafa de Cerâmica datada de 1850 de origem holandesa no Maracá.
A história do estado
do Amapá, cercada de mistérios, enigmas a serem decifrados,
sabemos que por aqui passaram Holandeses, franceses, Portugueses,
Espanhóis, muito ainda há de se pesquisar. Como andarilho
perseguindo minhas curiosidades, sempre vendo um Amapá que o Amapá
não conhece, encontrei a comunidade de Conceição do Igarapé do
Lago do Maracá, indo pela BR – 156 Macapá/Jarí km 270 ramal do
lado esquerdo, percorre adentro 17 km. Comunidade que fiz a organização do processo de auto afirmação para ser encaminhado a Fundação Palmares para o processo de certificação quilombola, o qual foi concedido no dia 24/05/2013.
A comunidade surgiu do
enlace familiar, antes era um terreno particular e, logo as famílias
foram crescendo, o local guarda um enigma e muitos causos como a
lenda do chapéu de couro, são católicos e festejam Nossa senhora
da Conceição no mês de dezembro, seguindo de folias e samba de
roda. Nessa região ficam localizados sítios arqueológicos que por
falta de uma política de resguardo vem ao longo do tempo saqueado,
a comunidade montou uma associação no dia 20/04/2012 foi uma ação
da seafro, que tem a missão de levar até as comunidades
conhecimento de políticas públicas, para assim após o
levantamento apontar as demandas das secretarias afins.
Nesse processo,
encontrei uma relíquia que pode ser um documento contundente de
nossa história, uma Garrafa de cerâmica datada de 1850 de origem
holandesa - Amsterdam, marca VINAND fOCKING, usada no
acondicionamento de gim, conhecido como Agua de Genebra. Sendo que a
construção da Fortaleza de são José de Macapá entra nesse
contexto conforme texto. Para suceder os redutos de 1738 (Reduto do
Macapá) e de 1761 (Forte do Macapá), e dar solução definitiva à
fortificação da barra norte do rio Amazonas, o Governador e
Capitão-general do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Fernando da
Costa de Ataíde Teive, dirigiu-se à vila de São José do Macapá,
onde, a 2 de janeiro de 1764, em companhia do Sargento-mor
Engenheiro Henrique Antônio Galucio, examinou o terreno e aprovou a
planta geral da nova fortaleza (SOUZA, 1885:63; GARRIDO,
1940:26-27).
Meses mais tarde, a 29
de junho nesse mesmo ano, foi lançada a pedra fundamental da
fortaleza, no ângulo do baluarte sob a invocação de São Pedro,
na presença do governador, do Coronel Nuno da Cunha Ataíde Varona,
comandante da Praça, do Sargento-mor Galucio, do Senado da Câmara
e das demais autoridades civis e religiosas da vila (BARRETTO,
1958:56). A presença estrangeira no Amapá já se fazia notar, no
inicio do século XV. Os holandeses, paralelo aos ingleses e com
objetivos comuns, passaram a fazer acordos e associações junto a
um trabalho mais efetivo de exploração da terra. A construção de
fortificações e feitorias à margem esquerda do Amazonas, entre
Jarí e Macapá, a partir de 1610, são as primeiras informações
de que se tem noticias.Hoje faço nesse blog um registro de que
nossa história vai mas além do que já falaram ou escreveram.
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