O CULTIVO DO TAUARI UMA HERANÇA FAMILIAR




Cigarro de Tauari (conhecido também por laposigal ou gihim), na região da Guiana Francesa uma quantidade considerável custa em média de 40 euros. A técnica de colher é indígena, onde os conhecimentos das matas ultrapassam as fronteiras. Uma herança ancestral passada aos filhos e genros. Em minhas andanças encontrei o Carlos Mendes, 59 com 21 Anos de a Guiana Francesa, ele é natural de Cururupu Maranhão, tem cinco filhos (5 ). Quando veio para essas bandas do extremo norte conhece sua esposa, chegou para trabalhar no garimpo e mesmo na ilegalidade da imigração casou-se com uma índia da etnia Cumarumã.
 


Através dessa relação, conheceu o Cacique Maciel, seu sogro com quem caçava e  teve os seus dotes em forma de aprendizado, assim,  tomou conhecimento do Tauari, conforme via a colheita assimilou os ensinamentos, aprendendo a ser um coletor apenas para suprir a necessidade, conhecendo os mistérios, segredos a vivência indígena. O Tauari entre os índios é uma árvore sagrada, usada nas magias e rituais, quando ele tem de cortar uma tem ritual e sempre o cigarro é usado, pedindo permissão ao dono das matas. Entre os indígenas os conhecimentos ultrapassam as fronteiras. Uma herança ancestral passada aos filhos e genros como uma herança.



Ao localizar o Tauari nas matas embrenhadas é feito o corte, medindo 1,5 a 2 metros é tirado uma primeira camada e com auxílio de um porrete o seu, Carlos, vai batendo e dobrando gradualmente, o que era um tronco vira umas folhas, parecendo um abade. Depois de batido vai ao sol para secar. passando esse processo está pronto para o uso.
A maioria dos índios enrola o tabaco para consumo na aldeia, como defumador, outros encomendam para o mesmo fim na cidade, outros preferem enrolar maconha, que não sobra nem uma ponta tudo vira fumaça.

TAG indigena, tauari, cultura, ancestralidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

UM DIA 16/06 E OUTRO NO DIA 16/7, EXATOS UM MÊS ACORDAMOS COM A NOTÍCIA DO MESMO FATO: A MORTE DE UM JOVEM PROMISSOR.

No Amapá, Deputada foi vítima de intolerância religiosa e preconceito racial

A PRESENÇA NEGRA NO AMAPÁ E A QUESTÃO ABOLICIONISTA