ANTONIO DA SILVA MORAES OU TONHÃO UMA VIDA EM NOME DA ARTE E DA FÉ

“Ungido por Deus, é uma expressão brotada a pessoas especiais, com um dom lapidado pelo divino criador”, para ANTÔNIO DA SILVA MORAES, veio o dom de dar forma em madeiras “mortas”, uma arte dominada por poucos: a arte do entalhamento “ninguém me ensinou, uma noite eu sonhei em fazer arte, desenhar em madeira, quando acordei, tentei e dou forma na madeira até hoje”. Diz ele que tem como referência de vida o seu avô MANOEL CABECINHA, de quem sem dúvida, adquiriu o dom das artes. “são três as categorias das atividades artísticas: as artes figurativas, a música, a literatura, como um autodidata Tonhão domina com maestria” ressalto.

Ele nasceu em Piquiá Ilha Grande – Amapá, filho de Felipe mais conhecido como Pardal e dona Elnice Moraes. Casado com Rosicleide Ferreira Moraes, três filhos: Elisamar, Elisará e Josefe. Ele jogou bola como atacante pelos times: Vera cruz, Fronteira, São Cristóvão, aos 48 anos, tem sua vida dedicados inteiramente as artes e cuidar das pessoas, pois além de entalhe, ele canta, encena e escreve e, como vereador “atua” pela valorização cultural de Amapá, acredita: “que se não houver valorização da cultura não se tem preservação do relicário”, sobre tudo de Amapá, onde em primeiro lugar quem deve se apropriar são os herdeiros dessa história fantástica de um povo guerreiro, por duas vezes: “os artistas são pessoas dotadas de dons maravilhosos: a fantasia e a capacidade de expressar o que tem no coração”, dessa forma, ele foi reconhecido pela unifap (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ), como um cidadão de sabedoria popular, TONHÃO, (como todos os conhecem), tem uma formação vivenciada na religião evangélica tem o posto de PRESBÍTERO, realiza alguns trabalhos voltados aos jovens (projeto gospel canto Amapá), ele diz que recuperou jovens por quinze anos (15), onde envolve todas as artes alinhavadas com a espiritualidade, acredita que tudo na vida é no tempo de deus.

Tonhão é de família grande e anualmente organiza um encontro familiar no ultimo registrou a participação de quase 500, tudo em nome da preservação familiar e dos bons costumes, satisfação em poder reunir e ver o quanto grande é nossa família. Friso meu: “conheci o Tonhão numa de minhas visitas ao Amapá, não sabia bem quem ele era, passei pela praça do Barão onde ele estalava uns brinquedos feitos de pneus e madeiras colhidas por ele mesmo, minha filha era bem criança e eu sempre a levava lá, com o tempo fiquei sabendo que ele tinha feito aquilo sozinho, pois procurou ajuda, como não conseguiu fez mesmo assim. Esses brinquedos com o tempo se quebraram, mas só uma pessoa de bom coração para pensar assim, desde então queria escrever e fazer o mundo conhecer esse cidadão encravado no coração desse rincão”, TONHÃO o vereador, estar na sua segunda legislatura, como tudo em sua vida, guarda uma coincidência: foi três (3) vezes suplentes, por três votos (3), o número que concorria era 333. Hoje no parlamento alia sua vivencia de militância social e reivindica pela valorização cultural de sua gente: “O meu maior sonho e ter obras de artes minha expostas por toda a Cidade, essa é a minha forma de dizer muito obrigado Amapá” ressalta Tonhão.

Por João Ataíde,