ELVIRA MIRA NEGRÃO A MULHER DE QUATROS MANDATOS COMO VEREADORA DE AMAPÁ




Nascida na base aérea de Amapá em 10 setembro 1944, Elvira Mira Negrão, poderia ter magoa da vida, mas não foi isso que ouvir da senhora que hoje tem 75 anos. Mãe de 9 filhos, 7 mulheres e 2 homens: Maria Perpetuo socorro mira Negrão, Marli Mira Negrão, Marli Mira Negrão, Sebastião Mira Negrão, Marlene Mira Negrão, Nazaré Mira Negrão, Sirlene Mira Negrão, Benedita e Benedito Mira Negrão (Gêmeos), e Ediglei Mira Negrão.  Dezoito (18) netos e doze (12) bisneto.
Logo ao nascer ela foi dada a uma senhora Helena Tolosa Mira de quem herdou o sobrenome. A vida transcorria com uma infância prazerosa, quando aos treze (13), anos de idade, a vida teve um divisor: Ela soube que a sua verdadeira mãe chamava-se Lourdes Tavares dos Santos “de início, eu fiquei meio revoltada, pois não sabia por qual motivo ela não tinha me criado como criou os outros, no começo tratei mal, depois, vi que foi a melhor coisa, pois a dona Helena me criou e me deu amor, carinho...” faltou o folego.  Ela se casou com meus 13 anos de idade, não fui muito namoradora, eu vivi com o meu marido (Nelson Ferreira da Costa) por 44 anos, o qual me separei porque ele faleceu (exemplo). “Me dediquei a família e iniciei na política por um convite de meu genro, eu tinha uma integração na comunidade, uma líder comunitária e minha formação, só tinha o 4º serie, minha sabedoria sempre foi a popular o meu trabalho com os idosos, os quais me dediquei todos os meus mandatos”.

Ao todos foram quatros mandatos, se para um já é difícil imagine quatro? Pois, ela conseguiu, mulher baixinha, acredito de 1, 60, apenas, fala compassado e baixinho, uma educação envolvente, sua maior referência política foi o comandante Aníbal Barcelos, Ulysses Silveira Guimarães e Dalva Figueiredo. 


A sua trajetória foi dividida entre os principais partidos da época: PMDB, PFL, PSDB, PPS ela saiu da vida notória em 2004, com o fim do seu último mandato. Os mandatos foram consecutivos de 1989 a 2004, ao contrário do senso comum, Elvira não quis se aposentar como vereadora.


Ela se aposentou como funcionaria pública. Hoje, com 75 anos acometida de problemas de saúde e, início Mal de Alzheimer, diz já não se lembrar de muita coisa, mas Elvira tem um livro escrito a máquina de datilográfica, um relato de uma memória de um Amapá avido por desenvolvimento, quando o dinheiro chegava no saco, enfatizou, disse:  fico muito feliz, pois hoje a maioria dos profissionais são filhos da terra. Se surpreendeu com a minha visita e falei a ela que pessoa como ela deveria ser sempre homenageada, pois num universo de homens ela sobreviveu e saiu com cabeça erguida, mora num paraíso longe da badalação de quando foi vereadora e todos os políticos à procuravam, cuida de dona Lourdes Tavares dos santos sua mãe biológica que tem 96 anos. “Para comunicar o vivido e para resgatar a memória, para anunciar os desejos e as esperanças, precisamos encontrar nosso passado e tecer enredo entorno do vivido” Elvira Mira Negrão.


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