ANDRÉ DA SILVA BRITO O TOCADOR DE VIOLA DA DANÇA DA MARREQUINHA


“O passado deve ser ressuscitado em todo seu ambiente, para que a história seja compreendida; contada e escrita pelos protagonista, onde, de pensamentos, lembranças dá num todo na história do lugar” (Vavy Pacheco Borges). Por essa comiseração me proponho a divulgar muito dos fatos esquecidos de cada lugar. A dança da marrequinha, uma forma de teatro imaginada por uma senhora do povo. Contam. “À dona HERCILHA BLANC, uma senhora de idade, ao observar a existência de muitas marrecas no lago, muitas mortas por caçadores, fez a sua versão, inspirada na dança do boi. A marrequinha com seus personagens agitaram as cercanias de Amapá por mais de 36 anos, como uma companhia onde todos desempenhava um papel, chegando a compor 50 integrantes que se dividia entre tocadores, cantores e personagens sendo a figura central a marreca. O caçador, o índio, a fada “a marrequinha com seu dançar veio do campo para se apresentar”, trecho de uma das músicas da peça.
Esse breve lembrete foi feito por ANDRÉ DA SILVA BRITO, conhecido como SANTICO, “a última apresentação foi na praça, a dona Ercilha não falou que seria a última, muitas mães de família dançaram a dança da marrequinha, foi assim, toquei por 36 anos, viajamos muito todo mundo conhecia”, seu Santico hoje tem 78 anos, viúvo e 11 filhos, agricultor e pescador se aposentou como pescador, nasceu na comunidade de Lago Novo em 11 de agosto de 1941, segundo o seu relato, “eu tocava tudo: violão, cavaquinho, guitarra e quando soube por intermédio do Agenor que cheguei à dona HERCILHA BLANC, eu vi aquilo bonito e  fiz parte por 36 anos”, friso dele. Ele lembra de tudo e diz que depois da última vez que a equipe se apresentou ninguém fez mais nada parecido, muitas mulheres, hoje, com 40 anos dançaram na dança da marrequinha.

“A dança assim como as pessoas envolvidas, através da sua arte denunciavam a caça predatória da marreca, uma iniciativa encravada no interior do Amapá, conforme música do caçador “O canto do caçador- Meu deus vão me levando, eu não sei se vou voltar. Eu vou morrer na cadeia, o meu destino é chorar (Resposta) Não chora caçador não chora, mas tu tem que pagar, tu matou a marrequinha a ave mais bonita do Amapá”
Por João Ataíde,

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