O “MOVIMENTO” DO MOVIMENTO NEGRO NO ESTADO DO AMAPÁ
Escrever
sobre o movimento negro no Amapá, requer uma grande responsabilidade, tento,
através desse blog nortear as pessoas que me tem como referência. “Digo apenas que
me debruço em fatos e dados, afim de desmistificar esse movimento que nos
movimenta”. Aproveito para agradecer, pois isso só me faz continuar a pesquisar e dividir com os leitores do alforriaamapá minhas indagações que ajuda na duvida de alguém.
Primeiro
minhas referências: sou licenciado em história, com pós graduação em história
Indígena e Africana e, me serve como grande referência ter tido como professor
na pós, Ivair Alves dos santos, que foi um dos idealizadores do movimento negro
em São Paulo. Nos anos de 2011 a 2014 eu passei a trabalhar na seafro
(secretaria extraordinária de políticas ao afro descendente), fui conselheiro
de educação ocupando a cadeira quilombola e conselheiro municipal de promoção
de igualdade racial. Em 2015, fui responsável pelo grupo do Amapá na
conferência nacional de promoção de igualdade racial, onde fui escolhido
através de voto, por uma articulação. Da saudosa Raimundinha Ramos a conduzir
os trabalhos do grupo que tratou da cultura em âmbito nacional e como costumo
dizer “me sinto quilombola pelo fato do umbigo de meu pai ter sido plantado nas
terras do Criau”.
"Esse
ano 2018, o Movimento Negro Unificado completou 40 anos de luta por justiça
para o povo negro. O MNU, é uma organização pioneira na luta do povo negro no Brasil,
fundada no dia 18 de junho de 1978, e lançada publicamente no dia 7 de junho, e
de certa forma, o movimento negro do Amapá se baseia em muito nos princípios do
MNU".
Caros
leitores, o movimento negro, pressiona, articula junto aos parlamentares, ele acelera
o processo de implementação das políticas afirmativas; uma conquista garantida
pela constituição de 1988. Dessa forma, cada seguimento trabalha de forma
articulada com marco regulatórios como: a lei 10.639/03, o quilombola
reivindica pelo processo de regularização das terras quilombola decreto 4887. Ressaltando
que todas essas leis são estatutárias (lei 12.288, Estatuto de Igualdade Racial).
E através de seus membros o movimento se institucionaliza. Quando membros desse
movimento são eleitos conselheiros, seja da educação, saúde, segurança
pública. Dessa forma, ratifica a demanda
dos seguimentos que compõe o movimento negro. É nessa hora que as demandas são
unificadas e viram leis ou arranjos institucionais, assim, as políticas
afirmativas implantadas no estado passa pelo “crivo” do movimento. Como exemplo
a própria criação da seafro que trata especifica as demandas do movimento de
forma integradas. No movimento negro
existe: hip hop, capoeira, marabaixo, religiosidade, quilombolas. Esses grupos
compõe o movimento negro, onde cada um reivindica a sua parte (recorte), existe
uma política específica para cada seguimento desse. “É dessa forma que o
movimento negro se movimenta no estado do Amapá”
Palavras
chaves: movimento negro, cultura negra, políticas afirmativas, Amapá,
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