OS PRIMEIROS PASSOS DO MOVIMENTO NEGRO NO AMAPÁ ANTES E PÓS UNA




Eu tenho um entendimento que desde a chegada  da primeira levada de negros ao Amapá século XVI, quando esse entoou os toques dos tambores, entendo isso como movimento negro, é claro que não de forma estruturada, pelo menos imaginávamos, pois grande parte dos negros eram isolados do resto do Brasil, mesmo esse tendo passado pela construção da cidade de Belém, Rio de janeiro, e vale ressaltar que por onde o negro passa, ele deixa o rastro de sua calhada, de certo, cabe a data de fundação de uma consciência alinhavada com o resto do mundo, onde a valorização da negritude recebe amoedo dos negros aliados as estruturas de poder, sobre tudo, a visibilidade do negro no Amapá, mas tudo passa pela compreensão do próprio negro que na maioria das vezes se exclui e, não ver que juntos torna-se mais forte.

Vejo que foi com esse intenção que surge uma nova mentalidade, onde com muita sapiência à Alexsara de Souza Maciel sintetiza em sua abra os primeiros passos de um movimento unificado de total relevância para a historiografia negra.
“Nos primeiros passos do movimento negro no Amapá trabalhou-se com afinco a valorização de uma cidadania negra, recusando-se os estereótipos tradicionais existentes sobre o negro”.

Infelizmente esse ideário veio se perdendo com o tempo, tudo em decorrência da ganancia através do engrandecimento pessoal. Um movimento que se enceta da necessidade da construção da identidade negra amapaense, e faz-se mister, que um pensamento construído por pessoas de grandes referências na sociedade amapaense como: Paulo José, Maria José liborio, Maria Luiza Almeida do Rosário, Maria dos Anjos Tavares da Silva, Maria Araújo de Souza (Tavares), todas Marias.

Entre os homens: Paulo José, Raimundo dos santos Sousa (Sacaca), Roldão Amârcio da Silva (curiaú), após várias reuniões desse grupo, entre outros convidados, chegaram ao dia da fundação da União dos Negros do Amapá (UNA) no dia 25 de novembro de 1986, em assembleia realizada na sede do Esporte Clube Macapá, entretanto, foi publicada no Diário Oficial do Território Federal do Amapá no ano seguinte, no dia 21 de maio de 1987 que teve como primeiro coordenador o senhor Paulo José da silva Ramos. A nomenclatura foi ideia de José Paulo da Silva Ramos e a logomarca idealizada por Manoel Bispo “o negro e o branco, com uma corrente partida se dando as mãos”.
De certo, os fundadores não imaginavam que essa iniciativa fosse chegar aonde chegou, pois ao longo dos anos, a ideia inicial foi se degradando e o individualismo prevaleceu sobre a coletividade.

FONTE: “A MÁSCARA E O ESPELHO: REVELANDO AS DESIGUALDADES RACIAIS NO AMAPÁ” ALEXSARA DE SOUSA MACIEL 

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