CURIAÚ/CRIAÚ REALIZA RODA DE CONVERSA COM OBJETIVO DE DAR FORTALECIMENTO AS COMUNIDADES EM PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
“A roda
é algo sagrado para o povo preto, seja com um tambor ao centro ou tão somente o
núcleo como testemunho de grandes revoluções ou como infindáveis noites de
cantos e danças sempre no objetivo maior que é o da transmissão de algo promissor
de um povo”.
Nesse
dia (29) a comunidade de Criau/Curiau realizou uma roda de conversa com as
comunidades quilombolas em processo de regularização fundiária, que vale destacar
que tem o seu início com a certificação emitida pela Fundação Cultural Palmares,
e posterior a isso, a entrada junto aos órgãos competentes para prosseguir num
longo e penoso caminho ao tão sonhado título definitivo de comunidade
quilombola. A comunidade do Curiau teve sua titulação de forma especial através
do decreto 4887 e não passou pelo simbólico processo em que as outras estão inseridas,
dessa forma, aproveitando o calor do mês da consciência negra, o líder comunitário
Sebastião Meneses, juntamente com Isis Tatiane, Geovana Ramos, Alex Ramos e
Joelma Meneses, fizeram o chamamento a
essas comunidades para através dessa roda de conversa ajustarem o que falta,
afim de dar encaminhamentos junto aos órgãos competentes, pois no juízo do
grupo as comunidades estão muitas dispensas e fortalecer é preciso.
Para
Carlos Piru produtor cultural e representante da Nação Marabaixeira “me sinto
grato em participar e contribuir com esse projeto, pois trabalhar o processo
junto a essas comunidades de forma lúdica, amplia nossa capacidade de
transmitir o Emponderamento, a roda põe todos em pé de igualdade e nivela informações
sobre as problemáticas de cada QUILOMBO e que acabam sendo comum entre eles”, destacou
Carlos Piru. Foi o entendimento parecido o de Ísis Tatiane que é presidente da
associação de mulheres negras do Curiaú (Mãe Venina) “pra mim foi muito
produtiva, pois a maior intensão foi fazer com que os quilombos titulados pudessem
dialogar entre si, acerca de suas dificuldades e os caminhos tomados pra
resolver seus entraves, percebi que os nossos problemas são os mesmos, mas a
forma de resolver tem sido bastante diferente somos comunidade estruturadas
socialmente mais o perfil das nossas lideranças são muito diferentes”. Essa roda
de conversa é apenas o início do fortalecimento da política de regularização fundiária
junto a essas comunidades e o alforria Amapá estará sempre a disposição de
iniciativas como essas.
Palavras
chave: titulação, movimento quilombola, quilombos do Amapá, roda de conversa, curiaú.
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