SEBASTIÃO MENEZES DA SILVA OU SIMPLESMENTE SABÁ, O GUARDIÃO E ESCRITOR DO QUILOMBO DO CURIAÚ


  

Sebastião Menezes da Silva é filho de Rossilda Joaquina da silva e de Raimundo Menezes da silva, é o mais velho entre os 11 irmãos: Heraldo Menezes da silva, Leonice, Leoniza, Leonira, Leoneide, Laurência, Lucivaldo, Ledivaldo, Leidenice, Lecioni.
Ele tem 59 anos, tendo 4 filhos, sendo três do casamento com a esposa Celina Katarina das Chagas Silva que são: Bráulio das Chagas Silva, Pertônio das Chagas Silva e Cíntia das Chagas Silva e o primogênito Antônio Nivaldo do Rosário de uma relação antes do atual casamento. 


Conheci o Sebastião Menezes na beira de um campo de futebol, como moleque que precisava de orientação, encontrei em Sabá; como é conhecido na comunidade, o refugio, ajudou muito gente. Mas o que me faz dar visibilidade a esse senhor é uma particularidade presente em poucos: sabedoria popular. Se perguntarem a ele sem dúvida lhe responderá – “sou agricultor e as pessoas me chamam de escritor, apenas escrevo o que eu penso”. O Sabá faz o registro historiográfico da comunidade do curiaú como ninguém, já tem pelo menos 3 livros escritos que demonstra o cotidiano, vivência e costumes da comunidade quilombola de criaú/curiau. Ele ainda tem um jornal chamado quilombo aonde apresenta o dia a dia da comunidade, evidenciado em forma de denúncia e encaminhamentos predominantemente com uma linguagem própria e usual acessível a todos, a escrita recheada de uma profundidade fascinante.


Na obra Curiaú sua vida sua história ele retrata um curiaú de suas lembranças, muito diferente dos dias atuais, isso tudo num tempo que ninguém falava em políticas afirmativas. Sua maior alegria é ter formado seu filho Bráulio das Chagas Silva em medicina, isso mesmo, um filho de agricultor é médico. 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

UM DIA 16/06 E OUTRO NO DIA 16/7, EXATOS UM MÊS ACORDAMOS COM A NOTÍCIA DO MESMO FATO: A MORTE DE UM JOVEM PROMISSOR.

No Amapá, Deputada foi vítima de intolerância religiosa e preconceito racial

A PRESENÇA NEGRA NO AMAPÁ E A QUESTÃO ABOLICIONISTA