NOTA DE REPÚDIO
AS
ENTIDADES DO MOVIMENTO NEGRO E QUILOMBOLA DO ESTADO DO PARÁ, abaixo subscritas,
vem a público REPUDIAR, veementemente, as atitudes do senhor conhecido pelo
pseudônimo de PAULO “QUILOMBOLA”, nacional que desde sua chegada em solo
paraense, intitulando-se quilombola e professor, diz ser presidente da
associação denominada Federação das Comunidades Quilombolas e Populações
Tradicionais do Estado do Pará (nome fantasia: Federação das Comunidades
Quilombolas do Pará) e “defensor dos direitos humanos”.
Esse
cidadão que se diz “quilombola” e “professor” (seria importante ele comprovar
essas credenciais para não incorrer no crime de falsidade ideológica, isto é,
mencionar a que comunidade quilombola pertence, por exemplo) usa a “sua”
associação para tentar enganar/caluniar lideranças quilombolas de algumas
regiões desta unidade federativa. Aliás, é importante frisar que essa
instituição foi criada sem qualquer articulação com as lideranças quilombolas
e/ou do movimento negro deste estado.
Suas
“estratégias de luta por direitos” se baseiam em ações repugnantes. Utiliza-se
de mídias sociais (facebook e whatsapp) para fazer difamações, calunias e
acusações sem as devidas comprovações contra nossas verdadeiras lideranças
quilombolas, cujas trajetórias são conhecidas dentro e fora do movimento negro
estadual, inclusive por autoridades constituídas.
PAULO
“QUILOMBOLA” já andou caluniando e difamando lideranças do nosso movimento
quilombola das regiões do Baixo Amazonas e do Marajó, sendo que nesse caso “o
tiro dele saiu pela culatra”, pois a atitude repugnante desse “homem” fez com
que as comunidades quilombolas dessas regiões se unissem para declarar que este
não os representava.
Novamente
ele tenta macular o nome de nossas lideranças, desta vez em texto publicado em mídias
sociais, principalmente via whatsapp, tal sujeito, usando o nome de sua
associação, fala sobre a morte do NAZILDO, quilombola assassinado há pouco mais
de uma semana num ramal que liga o município de Acará à Tomé-Açu. Nesse texto,
PAULO “QUILOMBOLA” atira calúnias para todo lado, inclusive faz uma acusação
gravíssima (sem provas) contra uma das grandes lideranças do território
quilombola do Alto Acará que pertence ao quadro de sócios fundadores da
Associação de Moradores e Agricultores Remanescentes Quilombolas do Alto Acará
(AMARQUALTA), sendo este atualmente legítimo presidente da referida associação.
Ressalta-se
que o presidente dessa Federação, segundo informações, faz promessas infundadas
às comunidades quilombolas, por dizer que conhece pessoas do alto escalão do
setor público federal e que é assessor parlamentar de “fulano” e “ciclano”
“vende ilusões” ao nosso povo quilombola, assim o fez com os moradores do
território quilombola do Alto Acará, cobrando taxas para recebimento do Cartão
Reforma e acesso à minha Casa Minha Vida (PNHR), fato que precisa ser,
urgentemente, apurado pelos órgãos competentes.
Vale
sublinhar que este senhor chegou há poucos meses no território quilombola do
Alto Acará e já, em 20 de março/2018, encaminhou, através de um deputado
federal, solicitação ao Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos
do Ministério dos Direitos Humanos (PPDDH/MDH) se dizendo, juntamente com sua
mulher conhecida com NARA MUNDURUKU, ativistas da comunidade do Quilombo Turé
III, pertencente ao Território quilombola da AMARQUALTA, na região do Alto
Acará. Na solicitação PAULO “QUILOMBOLA” e sua esposa dizem que estariam
sofrendo ameaças de morte. Aliás, o mesmo discurso utilizado tempos atrás nas
regiões do Baixo Amazonas e Marajó. Tudo mentira!
Cabe
aqui esclarecer que os verdadeiros ativistas na defesa do território quilombola
do Alto Acará, senhores PAULO DE DEUS NUNES DOS SANTOS, JOÃO OLIVEIRA DO AIDO e
senhoras CRYSTIANE AMARAL COUTINHO, MARIA CREUZA DIAS GEMAQUE, denunciaram, através
da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), à PPDDH/MDH, em 03
de fevereiro de 2014, que estavam sendo ameaçados de morte. Agora PAULO
“QUILOMBOLA” tenta macular o nome do companheiro PAULO NUNES e de outras
lideranças nossas.
Isto
posto, as ENTIDADES DO MOVIMENTO NEGRO E QUILOMBOLA DO ESTADO DO PARÁ, abaixo
nominadas, manifestam o seu repúdio as práticas aviltantes desse senhor
exteriorizadas pelos seus discursos de ódio contra muitas de nossas lideranças
quilombolas, entre outras, tendo como pessoal e único interesse (o que nos
parece o mais grave) desmantelar todo o processo político até aqui construído
por instituições sérias do nosso movimento. É certo que suas atuações em nada
contribuem com a luta e com a representatividade constituída ao longo do tempo
por nossas organizações sociais, pelo contrário tenta desconstruí-la. As
atitudes desse homem não podem mais prosperar neste estado!
Belém-PA,
24 de abril de 2018.
Associação
dos Discentes Quilombolas da Universidade Federal do Pará – ADQ-UFPA
Associação
Cultural e Esportiva dos Negros da Amazônia – ACENA
Associação
de Consciência Negra Quilombo – ASCONQ
Associação
Afroreligiosa e Cultural Amigos do Marajó – ARCLAMA
Associação
Afroreligiosa e Cultural Ilê Yabá Omi –
ACIYOMI
Associação
Afroreligiosa Cultura e Social ILOYANY
Associação
Afrodescendente Matriz Africana e Cultural Oya Jokolosy – ARFUOJY
Centro
de Estudos e Defesa do Negro no Pará – CEDENPA
Coordenação
das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará – MALUNGU
Diamante
Negro
Federação
das Organizações Quilombolas de Santarém – FOQS
Fórum
de Entidades Negras de Ananindeua – FOPENAM
Fórum
Intermunicipal de Direitos à Igualdade Racial
Fórum
Permanente de Educação e Diversidade Étnico-racial do Estado do Pará - FOPEDER
Instituto
Afrobrasileiro Imaculada Conceição – IABIC
INSTITUTO
NANGETU de Tradição Afro e Desenvolvimento Social
Movimento
Afrodescendente do Pará – MOCAMBO
Rede
Amazônia Negra
Rede
Fulanas – NAB
União
de Negras e Negros pela Igualdade – UNEGRO/PA
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