O ultimo batuque de são Joaquim do ano de 2017.



foto pessoal

Ae são Joaquim, ae são Joaquim, na hora da morte não se esqueça de mim – essa foi só uma das bandaias que animou o batuque na noite dessa quinta feira (17), na comunidade de curiau/criau de fora, sim, um momento que todos os curiaus se encontram e celebram o grade padroeiro do lugar -São Joaquim está na terra com amor e alegria, nós vamos louvar o vosso sagrado dia.
foto pessoal: Nos pandeiros:Renato, Adélson Preto, e senhor Mioia.
Deputada Cristina Almeida ao Lado de Rosana.

Se tratando do batuque é um momento magico, onde podemos ver os principais tocadores e as estrelas da festas que são as mulheres cantando: Davina, Creuza Niranda, entre outras, agora igual a Dona Zefa do Kinca /Quinca, centenária com todo sua vitalidade mandando ver.

As irmãs cantadeiras.
Ao centro Zefa do Quinca sentenaria do Batuque.

Estiveram como convidados nesse batuque o grupo de Igarapé do lago e uma visita dos índios de Camopi da guiana francesa que mostraram a sua dança e cantos tradicionais.

Tem algumas bandaias que contagiam a todos numa roda, esse ano, foi lançado um cd com as principais “bandaias” iniciativa de Nonato Soledade, Carlos Piru e um grupo de artistas que emprestaram suas vozes para de certa forma, popularizar o batuque. Que fique o registro essa estrategia deu muito certo, pois eu sou testemunho que como observador vim muita gente cantando os refrões como nunca.
A roda  do batuque.

Quando os fogos são estourados do lado de fora do salão, a roda entre em delírio, os pandeiros se agitam e conversam entre si, o amasso e o macaquito emitem um estrondo incomparável: Renato tirando apenas o efeito sutil acentuando sobre a pegada forte que tem o Pesão (Neiton), neto de dona cândida, Adélson Preto ao seu lado “dá-lhe”, umas “pancadas” noutro pandeiro meio no contra tempo do Pesão, nego Nena ah esse é o genial percussionista que tanto faz a pegada forte, quanto a batida saliente de molejo, como o sorriso constante do preto, não posso deixar de mencionar o Zé Maria que não é só o grande goleiro do futebol amapaense, sabe, aquele tocador que só vai na boa? Esse é o Zé Maria, para uns o pandeiro grita, para outros o pandeiro chora e na mão do Zé o pandeiro passa pela “tormenta da felicidade” (sem zoação). Gente, são tantos tocadores e cantadores que permito me dizer que, essa cultura do batuque com os pandeiros, vai levar muito tempo.
Gupo filhos do criau

He, he maré não mi moia, he, he maré não mi moia. Que venha o outro ano para que nossa cultura para eternidade, viva são Joaquim, He, he maré não mi moia, eu não posso ti moia”.
As dançadeiras do batuque e suas saias rodadas.

 
o fogo que aquece o pandeiro e tambores só apaga no romper da aurora.






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