O Dia do Capoeirista é comemorado em 3 de agosto



Capoeirista é o indivíduo que pratica capoeira, um estilo de dança e luta que é originalmente típica da região Nordeste do país, em especial na Bahia.
A capoeira é reconhecida como um patrimônio cultural imaterial brasileiro, de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura.
Curioso saber que durante muitos anos (fim do século XIX até meados do século XX), praticar capoeira no Brasil era considerado um crime, de acordo com a lei “Sampaio Ferraz”, de 1890.
Apenas após vários anos, com o governo de Getúlio Vargas, os capoeiristas puderam finalmente exercer esta arte livremente pelo país.

Origem do Dia do Capoeirista

A escolha do 3 de agosto para celebrar o Dia do Capoeirista é uma homenagem a criação da Lei nº 4.649, de 1985, do governo do estado de São Paulo, que instituiu oficialmente esta data como comemoração a todos os capoeiristas. No entanto, a nível nacional, ainda não existe uma lei que oficialize o Dia do Capoeirista no Brasil.
A capoeira surgiu no Brasil entre os escravos afro-brasileiros, em meados do século XVI, que tinham origem angolana e trabalhavam nas fazendas de cana-de-açúcar.


A capoeira ou capoeiragem é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música. Desenvolvida no Brasil por descendentes de escravos africanos, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas.
Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista que ignora a musicalidade é considerado incompleto.
Considera-se que a capoeira tenha surgido em fins do século XVI no Quilombo dos Palmares, situado na então Capitania de Pernambuco.
A Roda de Capoeira foi registrada como bem cultural pelo IPHAN no ano de 2008, com base em inventário realizado nos estados da Bahia, de Pernambuco e do Rio de Janeiro, considerados berços desta expressão cultural. E em novembro de 2014, recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
A capoeira sempre teve grande importância para a cultura brasileira por estar intimamente ligada ao seu passado de escravidão.

Do século XVI ao século XVIII

  • Entre 1539 e 1542 - Chegada da primeira leva de escravos africanos ao Brasil, em Pernambuco.
  • Fins do século XVI - Surgimento da capoeira no Quilombo dos Palmares, situado na então Capitania de Pernambuco.
  • Entre 1583 e 1598 - Primeiro registro do vocábulo capoeira na língua portuguesa: Padre Fernão Cardim (SJ), na obra: Do Clima e da Terra do Brasil. Conotação: vegetação secundária, roça abandonada.
  • 1624 - Início das invasões holandesas. Desorganização social do litoral brasileiro. Evasão dos escravos africanos para o interior do Brasil. Aculturação afro-indígena. Organização de centenas de quilombos. Surgem as expressões: "negros das capoeiras", "negros capoeiras" e "capoeiras".
  • 1712 – Primeiro registro escrito FDGDFGDFGo Português e Latino, do Padre D. Rafael Bluteau, seu significado contudo não se refere à luta.
  • 1770 - A mais antiga referência de capoeira enquanto forma de luta: "Segundo os melhores cronistas, data a capoeiragem é de 1770, quando para cá andou o Vice-Rei Marquês do Lavradio. Dizem eles também que o primeiro capoeira foi um tenente chamado João Moreira, homem rixento, motivo porque o povo o apelidava de 'amotinado'. Viam os negros escravos como o 'amotinado' se defendia quando eram atacados por quatro ou cinco homens, e aprenderam seus movimentos, aperfeiçando-os e desdobrando-os em outros e dando a cada um seu próprio nome".
  • 25 de abril de 1789 - Primeira menção da capoeira em registros policias na prisão de Adão, pardo, escravo, acusado de ser "capoeira".



Palavras Chaves: capoeira. Cultura. Comunidades Quilombolas. Direito étnico. Ação afirmativa.

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