#A expressão ppp na vida do negro.




Muito se escuta o ppp: preto, puta e pobre, poise, coisas que nós negros dividimos com o que de igualdade no Brasil, poderia ser o plano politico pedagógico, aquele que faz a politica da escola pública, alias, esse que mas excluem do que agrega. Poise, acontece que essa expressão já vem de longe antes era: pão, pau e pano.

Trata-se de um projeto empenhado em fomentar o sacramento matrimonial entre os africanos para que cessassem as libidinagens e aumentasse a prole servil nas leis de cristo, criando-se uma comunidade cativa temente a Deus e totalmente vergada a um cativeiro de estilo cristão. Cativo moderado, justo, racional, rentável, equilibrado. Cativeiro perfeitamente adequado às regras e dogmas do concilio de Trento e completamente imune ás rebeliões , a novos Palmares (hum, hum).

Daí a célebre fórmula que estrutura a obra e o sermonário de Benci: o pão entendido como alimento material e espiritual, inclusive os sacramentos; o castigo para que, aplicado moderadamente (só açoites e grilhões), os escravos obedecessem o senhor como Deus; o trabalho para que o sustento de todos fosse logrado e, estando o cativo livre do ócio, não se lançasse aos desmandos de toda sorte, desonestidades sexuais e devoções errôneas a que estavam acostumados com a aquiescência de seus amos.
Formula um tanto simplificada, e algo sarcástica, foi a utilizada pelo célebre Antonil, que fora secretario de Vieira, quando este retornou ao Brasil, em 1681. Simplesmente ppp, a saber pão, pau e pano. De certa forma o ppp só mudou a pronuncia, pois após a liberdade em 1888 e ate os dias de hoje, passamos para a classe: preto, pobre e putas. Que não precisa de formulas, sim uma herança cultural.

Esse texto escrito por mim, foi a partir de leitura do livro “liberdade por um fio” de João Reis e Flávio dos Santos Gomes. Um livro que andei atrás por tanto tempo e, ganhei de um amigo indígena da forma inusitada: ele me contou, que numa escola no Amazonas, esse e outros livros estavam sendo queimados por uma diretora, pois ninguém se interessava por eles, isso mesmo - com a nossa história do povo negro que temos que nos apropriar, para ter argumentos, para que o nosso ppp seja; PODER PARA O POVO PRETO.como se ver e ja disse em outros textos o povo negro se apropria do seu sofrimento e reinventa, transforma, recria.

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