'Vitória histórica’ dos movimentos, USP aprova cotas sociais e raciais no vestibular
Fonte Pulsar Brasil · 5 jul. 2017 · 16:50 ·
(foto: EBC)
Em decisão inédita e considerada histórica, o Conselho Universitário da USP
(Universidade de São Paulo) aprovou, na última terça-feira (4), a
adoção de cotas sociais – para alunos de escolas públicas – e raciais em
seus vestibulares. A medida entra em vigor a partir dos exames de
2018 para os cursos de graduação.
Em seu primeiro ano, serão reservadas 37
por cento das vagas, por curso, para estudantes oriundos da escola
pública; já em 2019, a porcentagem deverá ser de 40 por cento, subindo
para 45 por cento em 2020; a partir de 2021 e nos anos subsequentes, 50
por cento das vagas de cada curso e turno serão preenchidas por
cotistas.
Dentro destes percentuais reservados para alunos da rede pública serão determinadas as vagas para pretos,
pardos e indígenas (PPI). A proporção será definida pela base de dados
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no estado de
São Paulo, que aponta o total da PPI em relação a toda a população do
estado – hoje, esse índice é de 37 por cento. A reserva considerará
também, os resultados nos dois processos de seleção da USP: a Fuvest e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
A decisão é vista como uma vitória dos
movimentos negro e indígena. Laura Daltro, integrante do Núcleo de
Consciência Negra e formada em Pedagogia na USP, conta que já tinha
deixado de acreditar na aprovação da pauta. De acordo com ela, para a conquista das cotas étnicas o
apoio dos professores da USP foi crucial. Cerca de 300 professores
apresentaram um manifesto que exigia a aprovação da pauta, pois as cotas
sobre as condições sócio-econômica eram insuficientes – ideia
inicialmente apresentada pelo reitor da universidade, Marco Antônio
Zago. (pulsar/rba)
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