Jovem assassinado na Favela do Moinho é enterrado; moradores protestaram contra PM
(foto: José Eduardo Bernardes)
Foi enterrado, na manhã da
última quinta-feira (29), no cemitério da Vila Formosa, na zona leste de
São Paulo, o corpo do jovem Leandro de Souza Santos de 19 anos,
conhecido como Chiclete, assassinado na terça-feira (27) por policiais
militares na Favela do Moinho, localizada na região central de São
Paulo.
Entre gritos que clamavam por justiça e pelo fim da Polícia Militar de São Paulo, familiares, vereadores e moradores da Favela do Moinho, local onde o jovem morava e foi assassinado, se despediram do garoto.
Manoel Viana, conhecido como Ligeiro, é
dono de uma padaria na Favela do Moinho. Ele mora na comunidade “há mais
de 20 anos” e se diz revoltado com as seguidas investidas da PM contra
os moradores. A morte de Leandro de Souza Santos, explica o padeiro, só
trouxe revolta aos moradores da comunidade.
Santos foi perseguido pela polícia e
executado com cinco tiros durante uma ação da PM de São Paulo, comandada
por homens da Rota (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar), por volta das 9
horas da manhã da última terça-feira (27).
Um martelo também foi encontrado no
local do crime e familiares afirmam que o corpo do jovem apresentava
sinais de tortura, na cabeça, nos dentes e nos joelhos. Leandro morava
na Favela do Moinho e, segundo familiares, era usuário de drogas. Apesar
disso, moradores afirmam que Chiclete não participava de qualquer ação
de tráfico.
O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP),
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de
São Paulo, garantiu que colocará o caso da morte de Leandro em debate na
próxima reunião do grupo.
Em nota, a Polícia Militar “informa que
todos os fatos que ocorreram na operação realizada pela Rota na
Comunidade do Moinho, estão sendo investigados em Inquérito Policial
Militar, instaurado pela Corregedoria da PM”. (pulsar/brasil de fato)
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