Comunidade Quilombola de São Tome do Alto Pirativa no Estado do Amapá
![]() |
Arquivo pessoal da comunidade |
Comunidade
Quilombola de São
Tome do Alto Pirativa: Localizada
nas cabeceiras do Igarapé do Pirativa, braço esquerdo do rio Matapí
no município de Santana/AP, tem como cultura o Marabaixo, foi
a 24º a se auto reconheceu e autodefiniu, possui
uma escola publica, Escola EMBE-PIRATIVA ESCOLA DE ENSINO BÁSICO
PIRATIVA, uma UBS- SÃO TOMÉ DO ALTO PIRATIVA, com um população
estimada na área da vila 36 e em todo o território 48 famílias.
A
comunidade foi certificado desde 2010 e desde 2004 entrou na luta
para conseguir o tão sonhado - Titulo definitivo de comunidade
quilombola- Nesse caminho, conseguiram vários projetos entre eles, o Projeto do Poço artesiano (Brasil Quilombola governo Lula 2007),
quanto ao processo o mesmo está na fase RDTI - Identificação e
Delimitação: relatório antropológico, levantamento fundiário,
planta e Memorial descritivo, relação de quilombolas, levantamento
de Sobreposições, parecer conclusivo e parecer jurídico. Ata de
Aprovação ,Publicação do RTDI.
![]() |
arquivo da comunidade |
A
comunidade tem algumas particularidades como a festa do seu padroeiro
que era realizada todo mês de Dezembro, devido a seca e o difícil
acesso pelo igarapé, uma reunião no ano de 2012, foi deslocado para
o mês de fevereiro; ONDE a início das chuvas e período da cheia
facilitando o acesso a qualquer hora na comunidade; tudo para agradar
o santo padroeiro que tem uma história a parte.
São
Tomé é o Santo
protetor do quilombo, é
para ele que toda a comunidade se movimenta, sendo a maior
festa tradicional da comunidade. A devoção a este santo, começou
com um senhor conhecido
por “Calhambeque”,
o mesmo sendo
devoto, passou
a realizar a festa para
o Santo,
após
sua morte, outras
pessoas passaram a reverenciar o santo como,
MARIA CLEMÊNCIA, JOAQUIM CACILO DA SILVA E OSMANDINA SILVA, o
que permanece até
hoje, tem a vice presidente combativa "Ticinha" como responsável pela festa a 9 anos.
Uma
tradição passada de pai pra filho(a) de filho pra netos (a), antes
a festividade era realizada na casa do festeiro,
hoje o santo tem o seu
próprio espaço.
Atualmente são realizadas missas todos os domingos na comunidade e parte significativa das pessoas frequenta, mesmo sem a presença do padre, que vai de quatro a seis vezes por ano.
Atualmente são realizadas missas todos os domingos na comunidade e parte significativa das pessoas frequenta, mesmo sem a presença do padre, que vai de quatro a seis vezes por ano.
0 Santo no seu altar, todo
imponente se vê várias
fitas coloridas de diversos tamanhos que representam a fé no
Santo,promessas
e graças alcançadas.
![]() |
foto arquivo da comunidade |
Antes, quando não tinha a igreja, o santo ficava na casa de Calhambeque, depois do seu falecimento, o santo ficou na casa de sua filha, Dona Maria CLEMÊNCIA mãe de Osmandina, posteriormente, com a construção da igreja o santo recebeu seu lugar definitivo.
Hoje
muita coisa mudou, a
festividade
de São Tomé, é
organizada por uma comissão que por mais de 50
anos; como de costume, oferece aos foliões
e admiradores, almoço
e jantar grátis, bebida típica, gengibira, premiações, corrida de
cavalo, marabaixo, torneio de futebol, queima de fogos e atrações
das “aparelhagens” convidadas.
Pela
sua importância cultural e religiosa, a programação consta no
calendário das festas tradicionais do Governo do Estado do Amapá.
Palavras Chaves: Cultura. Comunidades Tradicionais. Direito étnico. Ação afirmativa.
Palavras Chaves: Cultura. Comunidades Tradicionais. Direito étnico. Ação afirmativa.
Linda materia. É sempre muito bom conhecer um pouco de nossa história
ResponderExcluir