Biblioteca Açucena.
Biblioteca
Açucena criada em 2000, inicialmente funcionou para formação das
próprias associadas militantes do IMENA (Instituto de Mulheres Negra
do Amapá) Macapá-Amapá. Seu primeiro endereço foi nas
dependências do Centro de Cultura Negra no bairro do Laguinho, tem
um acervo rico da literatura étnico racial, com mais de 2000 mil
exemplares; sendo alguns clássicos fundamentais para apropriação
do movimento negro. Como nada se inicia do nada, o IMENA teve o seu
principal incentivador o Nílson Moilim Lozada; ate hoje mantêm a
biblioteca atualizada.
E
quem apresenta a biblioteca é a militante e ex presidente do
instituto a mestranda pela UNB, Maria das Dores do Rosário Almeida,
conhecida como Durica.
Para
Durica, a biblioteca nasce da necessidade do próprio movimento de
mulheres em processo de alto afirmação, de se conhecer, para no
momento de reivindicar por direitos, faça a partir de intervenção
qualificada, para isso, fazemos grupos de estudos, reuniões,
elaboração de projetos. A biblioteca sempre é o espaço predileto.
Com
o passar do e tempo, 17 anos, foi preciso dividir esse acervo com
pessoas de todos os gêneros, em outras palavras: compartilhar o
conhecimento, dessa forma abrimos a todos, não fazemos empréstimos,
pois, no inicio era feito e muitos exemplares não voltaram, hoje só
para consultar, vale ressaltar que quando recebemos duplicidade de
livros, fazemos doações.
O
nome açucena foi dado, por ter muito relação com a cultura do
próprio marabaixo; as rosas que toda dançadeira traz na “cabeça”,
um simbolo que chama atenção ao olhar, pois a maioria das
militantes são marabaixeiras, muito próprio da nossa cultura negra;
o que já é uma “fala” de provocação, para que as militantes a
partir da curiosidade se interesse pelo nome.
A
nossa biblioteca, enfatiza Durica, é temática e especifica da
cultura negra, aqui pode se encontrar a questão de gênero,
violência contra a mulher, direitos humanos, e a questão racial que
Durica aponta como a principal leitura da biblioteca.
Quando
perguntei a ela se na biblioteca tem acervo da historiografia local,
ela falou que tem muita coisa e, faz uma questão de que os
acadêmicos que sempre utilizaram o espaço para estudo, faço
questão de cobrar que disponibilizem o resultado de suas obras o que
poucos mantiveram esse compromisso. Mas tem, a maioria dos livros que
temos, foram doados e outros comprados pela mulheres negras, nós
temos livros da Guiana Francesa, da cultura saramaka e muitos outros.
Hoje
a instituição passa por um processo natural de reformulação de
militância, falando diretamente as mulheres negras, que possam vim
somar com o instituto, fazer parte do IMENA e conhecer toda uma
trajetória das Mulheres Negras do Amapá e do mundo, quanto do
próprio IMENA.
A
biblioteca, fica localizada na avenida Cora de Carvalho 579, altos
sala G, vale apenas conhecer e se emponderar.
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