Rumos do carnaval amapaense.
Sobre
a questão que envolve o carnaval amapaense, procurei ouvir um pouco
do que vem sendo discutindo nos papos de
botecos: de um lado, os intelectuais do samba e do outro o povo que faz
a festa.
Conversei
com dois desses personagens; Carlos Piru, reconhecido sambista
amapaense e Roberyo Leite – presidente de piratas Estilizados e
acompanhe o que eles pensam e apontam caminhos para solução do
impasse.
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foto pessoal |
O
CARNAVAL NO AMAPÁ SURGEM NO CONTEXTO DA CRIAÇÃO DO TERRITÓRIO
FEDERAL na DÉCADA DE 1940; com a vinda de OPERÁRIOS de outras
cidades para a construção dos prédios públicos e, o mesmo se
fortalece no decorrer dos anos; Principalmente com o desfile das
ESCOLAS DE SAMBA, ganhando força popular se incorporando na cultura
tucuju.
Ao
longo dos anos criou-se uma super dependência governamental para a
realização do evento, então se o PODER não FOMENTAR não tem
CARNAVAL e nem os PATROCINADORES investem, perde todo Mundo. Segundo
Roberyo Leite Presidente de Piratas Estilizados o Presidente Vicente
Cruz, presidente da LIESAP, “a profissionalização é essencial
para qualquer segmento”, foi isso que sugeriu para as agremiações
carnavalesca como plataforma de trabalho durante sua campanha para a
eleição da Liga, onde o governo entraria com a estrutura de
sonorização e o espaço do sambódromo, a Liga, por sua vez,
ficaria na missão de conquistar os patrocínios, e as agremiações
com a responsabilidade de vender suas fantasias. Em resumo, o
carnaval de 2015 e 2016 não aconteceu, pois nada saiu do papel.
São
dois anos sem o investimento por parte do governo e, dois anos sem o
desfile das escolas de samba. No ano passado 2016, houve um racha
entre as 10 agremiações na liesap, quatro delas representadas por
Piratas da Batucada, Piratas Estilizados, Unidos do Buritizal e
Maracatu da Favela, realizaram um mega ensaio técnico, para que a
data não passasse em branco e, nos bastidores as ideias são
divergentes, justamente no momento em que o governo chama as
agremiações para que possam dialogar e definir um projeto de
consenso a todas.
A
liesap acompanhadas das restantes, apresentou uma proposta de um
carnaval “Equinocial”, com o objetivo de aproveitar o evento do
Equinócio no mês de setembro, “Não haveria a chuva para
atrapalhar o espetáculo e a qualidade das fantasias seria melhor,
não teria concorrência dos grandes centros”, defende o presidente
vicente ideia que desde o primeiro momento é rejeitada pelos
presidentes das Escolas Piratas da Batucada, Marcelo Zona Sul, e
Roberyo Leite, da Piratas Estilizados.
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foto pessoal |
Para
Carlos Piru; reconhecido carnavalesco amapaense diz “que talvez não
estão sabendo vender essa ideia, que PRA MIM seria um GRANDE evento
com a PARTICIPAÇÃO DAS Escolas de Samba, NADA DE CARNAVAL, carnaval
historicamente tem DATAS DEFINIDAS além do que é cultural, portanto
nada de mexer no que já estar é por isso que ninguém está
aceitando!” tradição é a história de um
povo e, manter ela viva como forma de pertencimento, daquele lugar e
essa luta é uma forma de resistência que leva a sua perpetuação
ou imortalidade, assim aquele povo nunca será esquecido - ressaltou
Carlos Piru.
Em resumo, o povo quer carnaval e que os "entre tantos" sejam resolvidos.
Por joão Ataíde.
Por joão Ataíde.
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