Noticias de Politicas Afirmativas
Calendário da cultura negra mês de junho
Dia 06- Morre o jamaicano Marcus Garvey, mentor do Pan-africanismo. Londres (1940).
Dia 21
- Nasce Luiz Gonzaga Pinto da Gama, escritor, jornalista e um dos ícones da luta pela afirmação da identidade negra. Salvador/BA (1830).
Dia 24
- Nasce João Candido, líder da Revolta da Chibata, conhecido como Almirante Negro. Rio Pardo/RS (1880).
Palmares lança formulário para mapeamento de terreiros no DF
Por Emiliane Saraiva Neves
Tendo em vista que está na missão da
Fundação Cultural Palmares promover a preservação do patrimônio cultural
afro-brasileiro, assistindo as comunidades religiosas de matriz
africana na proteção de seus terreiros sacros, hoje a Fundação lança o
formulário do projeto Mapeamento dos Terreiros do Distrito Federal do
Brasil.
Trata-se de um formulário de fácil
preenchimento, onde são feitas 19 perguntas como nome da nação e origem
do terreiro, atividades culturais e sociais desenvolvidas e o nome da
liderança. O link para acessar o formulário é: https://goo.gl/forms/oic8LlfVYhWZJ8f43
A Fundação Palmares começou a estudar
meios de dar mais visibilidade aos terreiros diante dos casos de
intolerância religiosa intensificados em 2009, no Distrito Federal. Não
apenas para tê-los registrados como patrimônio cultural, mas
principalmente para ajudar que o governo consiga reconhecer a existência
deles. O objetivo é a partir deste reconhecimento possibilitar que os
terreiros consigam acessar melhor as políticas públicas. Para isto foi
firmado uma parceria em 2016 com a Universidade de Brasília.
Essa primeira etapa é uma das fases do
projeto que tem como objetivo principal contar com a participação de
todos na construção desse mapeamento. Após o cadastro, será iniciado a
próxima fase de construção da cartografia básica, mostrando a
localização precisa dos sítios religiosos de matriz africana existentes
no Distrito Federal, constituindo um banco de dados com referências
espaciais (coordenadas geográficas e UTM), registro fotográfico da
fachada do terreiro e outras informações possíveis de colher.
O formulário estará disponível do dia 05 de junho até o dia 31 de julho de 2017. Caso surjam dúvidas, a Fundação Cultural Palmares está à disposição para esclarecimentos por meio do telefone: 3424-0143.
Parte da Década Internacional de
Afrodescendentes, programa oferece oportunidade de aprendizagem
intensiva a pessoas de ascendência africana em questões de direitos
humanos de particular importância para a mobilização antirracista em
todo o mundo. Saiba aqui como se inscrever.
O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas abriu em março o período de inscrição para seu Programa Anual de Bolsas de Estudo para Pessoas Afrodescendentes.
Todos os anos, o Programa oferece uma
oportunidade de aprendizagem intensiva a pessoas de ascendência africana
em questões de direitos humanos de particular importância para as(os)
afrodescendentes em todo o mundo. Os tópicos incluem: direito dos
direitos humanos, formas de discriminação racial, acesso à justiça,
‘perfilamento racial’ (racial profiling), entre outros.
Bolsistas aprendem sobre uma ampla gama de instrumentos e mecanismos
legais antirracismo da ONU, promovendo capacitação para combater o
racismo e a discriminação racial, bem como na proteção e promoção dos
direitos humanos.
Após a conclusão
do programa de três semanas de duração, os bolsistas anteriores
realizaram iniciativas de conscientização e capacitação de direitos
humanos para a sociedade civil que trabalha para promover os direitos de
afrodescendentes em seus respectivos países. Bolsistas também apoiaram o
envolvimento da sociedade civil com a ONU durante as missões em seus
países, entre outras contribuições.
O Programa de Bolsas de Estudo é uma das principais atividades realizadas durante a Década Internacional de Afrodescendentes das Nações Unidas (2015-2024), lançada para melhorar efetivamente a situação dos direitos humanos dos povos afrodescendentes em todo o mundo.
O período de inscrição termina em 31 de
maio de 2017. Candidatas(os) devem ser fluentes em inglês, ter um mínimo
de 4 anos de experiência profissional na promoção de direitos
afrodescendentes e devem fazer parte de uma organização que trabalha em
questões relacionadas com pessoas de ascendência africana ou direitos
das minorias. Candidatas(os) devem apresentar o currículo e uma carta da
sua organização, certificando o seu estatuto.
Bolsistas selecionadas(os) devem estar disponíveis para assistir todo
o Programa, que será realizado em Genebra, Suíça, de 13 de novembro a
1º de dezembro de 2017. Todas as informações estão em: www.ohchr.org/EN/Issues/Racism/WGAfricanDescent/Pages/FellowshipProgramme.aspx.Fonte: https://nacoesunidas.org/programa-de-bolsas-de-estudo-da-onu-para-afrodescendentes-recebe-inscricoes-ate-31-de-maio/
nstituído pelo Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010), o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) foi regulamentado pelo Decreto n° 8136/2013,
assinado pela presidenta Dilma Rousseff na abertura da III Conferência
Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III Conapir), que ocorreu de 5
a 7 de novembro de 2013, e pela Portaria SEPPIR n.º 8, de 11 de fevereiro de 2014.
O
Sinapir representa uma forma de organização e articulação voltadas à
implementação do conjunto de políticas e serviços para superar as
desigualdades raciais no Brasil, com o propósito de garantir à população
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa de direitos e
o combate à discriminação e as demais formas de intolerância..
A
adesão de Estados e municípios ao sistema contribui nos processos de
criação ou fortalecimento de órgãos e conselhos de promoção da igualdade
racial em âmbito municipal e estadual, levando a uma gestão
descentralizada e democrática da política em nível nacional.
Dessa
forma, a implementação do Sinapir promove uma transformação na política
de promoção da igualdade racial, a partir do fortalecimento e ampliação
da efetividade dessa política por meio da sua institucionalização.
Com
o Sinapir, a política de promoção de igualdade racial deixa de ser uma
política de governo e se consolida cada vez mais como uma política de
estado em todas as esferas. O caráter transversal dessa política, que é
executada por diversos órgãos da administração pública: saúde, educação,
trabalho, cultura, assistência social, desenvolvimento agrário,
justiça, entre outros, permite e demanda que o órgão de promoção da
igualdade racial atue conjuntamente com os demais, no sentido de
implementar e acompanhar as políticas públicas que atenderão de forma
cidadã esta população.
Como aderir
A
adesão ao Sinapir é aplicável apenas aos entes federados. A União,
representada pela Seppir e pelos órgãos setoriais responsáveis pela
execução da política (Ministérios e demais órgãos) já integra o sistema.
A sociedade civil participa do Sinapir por meio da representação em
conferências, conselhos, comitês, grupos de trabalhos e outras
instâncias, bem como pela execução de projetos específicos de promoção
da igualdade racial em parceria com o Poder Público.
Para
os entes federados (estados, municípios ou Distrito Federal)
participarem do sistema, são requisitos exigidos: a existência de um
órgão e de um conselho de promoção da igualdade racial na estrutura
administrativa local. Se o ente contar com essas duas instâncias, pode
solicitar oficialmente sua adesão, enviando os documentos estabelecidos
na Portaria SEPPIR n.º 8/2015.
A partir daí, a SEPPIR terá um prazo de 30 (trinta) dias para se
manifestar sobre a solicitação de adesão e entrar em contato com o ente
para a implantação no sistema.
A
adesão ao Sinapir também pode ocorrer por meio dos consórcios públicos.
Neste caso, alguns municípios podem se associar por meio de um
consórcio público e este instituir um órgão e um conselho que atenda ao
conjunto de entes consorciados. Essa possibilidade foi construída
considerando as diversas realidades dos municípios brasileiros e o
caráter inclusivista do Sinapir.
A
criação de órgãos e conselhos voltados para a promoção da igualdade
racial nas estruturas de gestão dos governos estaduais, distrital e
municipais revela o compromisso desses entes com a implementação dessa
política e o reconhecimento da importância da participação social.
O
Sinapir, a partir da sua articulação, cooperação em rede e pactuações,
além dos incentivos que estão previstos em sua regulamentação para os
entes participantes, fortalecerá a atuação dessas instâncias e
estimulará a criação de outras nos entes que ainda não as instituíram.
Números
Os
dados mostram a presença de órgãos e conselhos em todas as Regiões do
país. No caso dos órgãos, 40% do total está na região nordeste. Em
seguida aparecem as regiões sudeste (32%), sul (12%), centro-oeste (9%) e
norte (7%). Os estados com o maior número de órgãos de promoção da
igualdade racial são: Bahia (31), São Paulo (27), Maranhão (25) e Rio de
Janeiro (20).
Em
relação aos conselhos, o destaque é a região sudeste com 47% do total,
seguida pelas regiões nordeste (21%), sul (16%), centro-oeste (12%) e
norte (5%). Os estados com o maior número de conselhos voltados para a
promoção da igualdade racial são: São Paulo (18), Minas Gerais (16), Rio
de Janeiro (11) e Bahia (9).
Acesse o levantamento completo de órgãos e conselhos de promoção da igualdade racial no Brasil (atualizado em abril/2015)
Adesão ao SINAPIR: Veja a lista dos entes federados que já aderiram ao sistema e os que estão em processo de adesão.
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