COMUNIDADE QUILOMBOLA DO ROSA
foto Joelma Menezes
reunião comunitária 
Quando pensamos em quilombos
do Amapá, pensasse logo, na sua origem, como eles chegaram, Reis
e Gomes (1996), afirmam que por onde houve a escravidão, houve a
resistência e de varias formas, o que para muitos negros e negras do
extremo norte, não foi diferente, a
fuga e formação de grupos de escravos fugidos é apontada como a
mais típica, no Brasil.
Alguns quilombos, deve-se a origem por herança das terras de seus donos, outras apropriação mesmo, nesse caso do Rosa, que segundo documento foi feito o registro junto ao INCRA no dia 29 de Novembro de 1900, foi realizada por Josino Valério de Azevedo Coutinho, a posse é datada de 22 de fevereiro de 1902, no titulo consta, as dimensões exatas da área conforme foi registrado – Roza, (escrito com Z), à margem do Rio MatapY (escrito com Y), lado Esquerdo afluente do Rio Amazonas, município de Macapá, ainda se medindo em Légua de frente e outra de fundo. Com terrenos de campos e matas. Limitando-se ao nascente pelas frente o “lago do curyahú, (exatamente escrito dessa manheira com Y e H), até o lugar chamado Cambucas; ao poente pelos fundos o Rio Matapy; ao sul o Igarapé do Rosa até o olho d’agua do estreito, ao norte o Igarapé chamado Canivete até o olho d’agua Pirão. São ao todos mais de cem anos de existência. A comum idade foi certificada pela fundação palmares no ano de 10/02/2006, desde la passa por um longo processo pela titulação; a regularização de suas terras.
A
comunidade fica na BR 156 no sentido Macapá
- Oiapoque,
no quilometro 25, tem
como festa tradicional, Menino Deus no mês de dezembro, tem como
manifestação cultural o Marabaixo, a agricultura a sua principal
atividade econômica, uma capela da religião católica, sistema de
água
que atende toda uma vila com cerca de 30 família; todas de uma mesma
genealogia.
A comunidade foi contemplada pelo o PNHR que construiu 20 unidades de
casas, todas padronizadas, sendo que, para serem entregues, a caixa
econômica
esperava a contra partida de infraestrutura de água
e luz, que seria a parte do governo, coisa que não foi atendida,
dessa forma a comunidade se mobilizou e ela própria em forma de
mutirão
e, por ajuda da deputada Cristina Almeida, conseguiu a estrutura e as
casa foram entregues.
A
associação quilombola, tem nas pessoas de Rogério e Joelma Menezes,
a sua pauta
constante a titulação de suas terras e o resguardo de sua história,
coisa que vem dando
certo, pois foi
publicada na última quinta-feira (22) a Portaria de Reconhecimento
do Quilombo do Rosa pelo
INCRA, localizado no
município de Macapá (AP). A medida reconhece os 4.984
hectares do território e sua publicação no Diário Oficial da
União é uma etapa importante na trajetória da titulação da
comunidade. Após a publicação, pode-se iniciar a
desapropriação de possíveis proprietários que possuam imóveis
rurais na região delimitada pela Portaria.
A historia dessa mulher, se confunde com a da comunidade, pequena no tamanho e grande na atitude.
Maria
Geralda Menezes
“pela
minha terra eu ficaria o tempo que fosse preciso naquele buraco”
nascida no dia 07 de setembro de 1951, natural da comunidade
quilombola que foi certificada pela fundação palmares em 12/05/2006, filha de Algostino e Maria de Nazaré Menezes, foi casada
com o senhor Benedito Ester; que foi assassinado pela luta da posse
da terra, dessa forma criou 9 filhos. Agricultora, estudou só até 4
serie, católica e militante da causa quilombola, dona Geralda no ano
de 2002, protagonizou um fato que foi determinante na união do
movimento negro em Macapá, ela ficou uma semana dentro de um buraco,
cavado pela ICOMI, pois la seriam depositado 384 mil toneladas de
rejeito de manganês (arsênico), nesse tempo, os filhos a
alimentavam e davam água, diante de uma comunicação incipiente, o
fato chegou a capital e mobilizou todo um movimento e segundo ela
própria disse que quando viu chegou a deputada Janete Capiberibe e a
policia federal para dar apoio a causa, lembra que todo o movimento
foram agredidos o que não fez o movimento se dispensar, o seu feito,
fez os poderosos recuarem e ficou o buraco na comunidade como prova
do acontecido.
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